Agronegócio

Carro-chefe da expansão do PIB de Minas, agropecuária cresce 11% puxada por grãos e florestas

O bom desempenho também foi impactado pelo aumento da produção de leite, setor que vem em recuperação contínua
Carro-chefe da expansão do PIB de Minas, agropecuária cresce 11% puxada por grãos e florestas
Produção de milho em Minas Gerais foi um dos destaques do agro no 3º trimestre | Foto: Divulgação/ Emater-MG

A agropecuária foi o setor que mais ajudou a puxar para cima o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais no terceiro trimestre de 2025, com um crescimento real de 11,3% em relação ao mesmo período de 2024. Frente ao trimestre imediatamente anterior, a expansão foi de 8,8%. Os dados são da Fundação João Pinheiro, responsável pelo cálculo do PIB estadual.

O bom desempenho pode ser creditado ao aumento da produção de culturas como milho e sorgo, à forte expansão da produção florestal voltada para a fabricação de celulose e à continuidade da recuperação da produção de leite. A pressão negativa veio da queda na colheita do café arábica, produto de grande relevância para o Estado.

“A colheita de cereais, como milho e sorgo, superou as expectativas, compensando o desempenho menos favorável do café, que, por sua vez, foi impactado por questões climáticas relacionadas à floração e, possivelmente, pelo tarifaço aplicado às exportações brasileiras”, aponta o coordenador de Contas Regionais, professor e pesquisador da Fundação João Pinheiro, Raimundo Souza, lembrando que a produção, embora positiva, esbarrou em desafios de escoamento, particularmente nos Estados Unidos, até a recente retirada do tarifaço.

Vacas e leite
Recuperação na produção de leite ajudou o agro a ter um bom resultado no trimestre | Foto: Reprodução/ AdobeStock

Produção de leite se recupera

Outro ponto positivo destacado pela FJP é a recuperação da produção de leite, que teve bom desempenho no trimestre. “Temos observado uma recuperação contínua ao longo do ano, em consonância com a expansão na fabricação de alimentos, especialmente na produção de laticínios”, aponta o pesquisador da FJP.

Em valores nominais, o Valor Adicionado Bruto (VAB) no trimestre foi estimado em R$ 21,9 bilhões.

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