Agronegócio

Altas temperaturas impactaram o preço das frutas em setembro

Boletim mostrou elevação em seis dos 10 produtos pesquisados; no caso das hortaliças, dos cinco itens mensurados, três tiveram queda nos preços
Altas temperaturas impactaram o preço das frutas em setembro
Créditos: Divulgação Embrapa

Ao longo de setembro, importantes frutas e hortaliças ficaram mais caras na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) – Belo Horizonte. Conforme o 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Estado, foi verificada alta em seis dos 10 produtos pesquisados.

No mês, ficaram mais caros a laranja, 16,22%; a maçã, 17,61%; e a alface, 5,5%. No sentido contrário, destaques para as quedas de preços no tomate, cujo valor caiu 12,79%, seguido pela cebola, com retração de 10,31% e a banana, 16,91%.

Nas hortaliças, dos cinco itens pesquisados, três tiveram queda nos preços. A maior retração aconteceu na cotação do tomate. O quilo, R$ 1,50, caiu 12,79%. Na Ceasa Minas – Belo Horizonte, o preço do tomate continuou a cair em setembro devido a oferta mineira ainda em crescimento, ainda que a comercialização tenha aumentado 11% em relação a agosto. Nos primeiros dias de outubro, os valores da hortaliça começaram a reagir, assim, em Belo Horizonte, houve alta de 50% na cotação do tomate.

O preço da cebola também recuou de forma significativa em setembro. A retração de 10,33% fez com que o valor médio da hortaliça ficasse em R$ 2,93. Conforme a Conab, a redução dos preços é resultado da oferta levada de cebola vinda de diversas regiões do País. Nesse início de outubro, o preço da cebola continuou em queda em Belo Horizonte. A oferta abundante fez com que os valores retirassem cerca de 30% nos 10 primeiros dias de outubro.

A cenoura foi negociada, em média, a R$ 1,46 o quilo, resultado assim, em uma diminuição de 7,71%. De acordo com a Conab, a derrubada de preço foi provocada pela oferta em níveis elevados e pela produção satisfatória em todas as áreas produtoras. Nos primeiros dias de outubro, com a oferta elevada, houve nova queda de quase 3%.

Alface e batata ficaram mais caras

Dentre as altas no preço está a alface. O quilo chegou a R$ 5,30, gerando, então, uma elevação de 5,5% frente ao mês anterior. Conforme a Conab, a alta no valor da hortaliça foi estimulada pela diminuição da oferta em relação a agosto, enquanto a demanda cresceu devido às temperaturas elevadas.

A batata também encareceu, encerrando o mês com elevação de 2,49% e o quilo negociado a R$ 3,73. Em setembro, a oferta declinou em relação a agosto.

Frutas ficaram mais caras em setembro

A diminuição da oferta e consumo estimulado pelas altas temperaturas impactaram na cotação das frutas na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) – Belo Horizonte. Conforme os dados da Conab, das cinco frutas pesquisadas, quatro registraram aumento nos preços em setembro, frente a agosto.

A maior alta foi no preço da maçã, 17,61%, com isso, o quilo subiu para R$ 8,80. O incremento veio da diminuição cada vez mais intensa dos estoques das classificadoras, em meio à quebra de safra no Sul do País. Gerando, assim, diminuição da oferta disponível.

Aumento expressivo também aconteceu na cotação da laranja. O quilo da fruta chegou a R$ 4,32, portanto, uma elevação de 16,22%. Conforme a Conab, assim como em Minas Gerais, os preços continuaram elevados em nível nacional e alcançando novo recorde. No período, houve queda na comercialização na maior parte das Ceasas. A elevada demanda para moagem, em um contexto de baixos estoques de suco, provocou alta de preços na indústria, o que acabou por levar as cotações para o alto também no atacado e varejo, com boa demanda por causa do calor.

No caso do mamão, o preço ficou 6% maior, e o quilo chegou a R$ 4,29. A alta no valor do quilo da melancia foi menos expressiva, 1%, com o volume negociado, em média, a R$ 2,34.

Ao contrário das frutas já citadas, o aumento da oferta fez com que os preços da banana recuassem em setembro. Em Belo Horizonte, a retração foi de 16,91%, mesmo com um aumento de 8% na demanda. O quilo da banana chegou a R$ 3,72.

A Conab explica que a queda no preço da fruta se deve à elevação da oferta pela maior produção da banana prata no norte mineiro, centro-sul baiano e outras praças nordestinas.

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