Agronegócio

Preço e saúde derrubam consumo de carne no País

Preço e saúde derrubam consumo de carne no País
Crédito: Reprodução/Governo Federal

São Paulo – O consumo das carnes bovina, suína, de frango e de peixe caiu 67% entre os brasileiros em 2022, em relação ao ano anterior, com impacto dos preços mais altos dos produtos e da busca por hábitos saudáveis, que passam por maior adoção das proteínas de origem vegetal. 

O levantamento realizado pelo The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil) foi divulgado ontem (12) e  indicou também que, do total de consumidores que diminuíram a carne na alimentação, 47% pretendem reduzir ainda mais em 2023.

O número de 67% identificado na pesquisa representa uma alta de 17 pontos percentuais comparada à apuração anterior do GFI Brasil sobre o tema, realizada em 2020.

Já com relação às exportação de carne brasileira, por exemplo, houve desaceleração no último mês de novembro das vendas de carne bovina, mas ainda superaram 2021. Considerando produtos in natura e processados,  as exportações totais do Brasil alcançaram 173,78 mil toneladas no mês passado, o que representou uma desaceleração comparada aos quatro meses anteriores, em que o país manteve embarques acima de 200 mil toneladas por mês. Esses dados foram divulgados na semana passada pela associação que reúne frigoríficos,  a Abrafrigo.

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O volume, no entanto, supera em 65,2% o total embarcado em novembro de 2021, quando a principal compradora da proteína brasileira – a China – estava com negociações suspensas devido a casos atípicos da doença mal da vaca louca no Brasil.

Segundo a Abrafrigo, apenas 242 toneladas de carne bovina brasileira entraram no mercado chinês em novembro do ano passado. No mesmo mês deste ano, o volume foi de 95 mil toneladas.

A receita obtida pelo Brasil com as exportações da proteína em novembro atingiu US$ 872,7 milhões, também uma desaceleração diante do patamar de US$ 1 bilhão que vinha sendo alcançado mensalmente em 2022.

Suínos

No setor de carne suína, as exportações totais (considerando produtos in natura e processados) do país atingiram 93,4 mil toneladas em novembro- alta de 17,8% na variação anual, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Em receita, o avanço foi de 35,1% no mesmo comparativo, para 230,5 milhões de dólares, mostraram os dados. A China, principal destino das exportações brasileiras de carne suína, incrementou suas compras em 95% em relação ao mesmo período do ano passado, com 42,8 mil toneladas.

A ABPA também destacou o Chile, que assumiu pela primeira vez o segundo lugar como destino dos embarques do Brasil, com 7,7 mil toneladas (+53%). “Temos expectativas positivas sobre o fechamento deste ano e espera-se impacto ainda mais positivo com a abertura dos mercados do México e do Canadá, dois dos maiores importadores de carne suína do planeta que, neste ano, abriram suas portas para o produto brasileiro”, disse, em nota divulgada no último dia 6, o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

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