Agronegócio

Hortaliças apresentam queda de até 29% nos preços, enquanto frutas sobem 65,46%

Maior retração ocorreu no valor da cebola e a alta mais expressiva foi no preço do mamão
Hortaliças apresentam queda de até 29% nos preços, enquanto frutas sobem 65,46%
Foto: Alessandro Carvalho Diário do Comércio

Em Belo Horizonte, ao longo de agosto, os preços das hortaliças caíram de forma expressiva. De acordo com o 9º  Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a queda ocorreu devido ao aumento da oferta.

Entre os itens pesquisados, a maior retração ocorreu no valor da cebola, que caiu 29,63%. Já no caso das frutas, o movimento foi de alta. A maior elevação foi vista no preço do mamão, 65,46%.

Os dados mostram que as cinco hortaliças pesquisadas registraram queda dos preços em agosto. No caso da cebola, a oferta crescente e a pulverização da produção provocaram a retração no valor. Na Ceasa Minas – Belo Horizonte, o quilo da cebola foi cotado, em média, a R$ 3,26, resultando, assim, em uma queda de 29,63% frente a julho.  

Conforme a Conab, Minas Gerais foi um dos estados que enviou quantitativos significativos aos mercados, porém, estes envios ficaram abaixo dos observados em julho, mas ainda em volume elevado. Com a oferta ainda elevada, a tendência é de nova retração. Nos primeiros 10 dias de setembro, os preços da cebola recuaram 7% na unidade, que fica em Contagem.

Outra queda importante foi vista na cotação da batata. Assim como na cebola, a intensificação da safra de inverno provocou envios em maiores quantidades à Ceasa. Em Belo Horizonte, a queda no preço chegou a 26,29%, com o quilo negociado a R$ 3,64.

Apesar do menor valor, o preço da batata praticado na unidade quando comparado com o de agosto de 2023 ainda ficou em 62% maior. Conforme os analistas da Conab, mesmo com o movimento de queda em julho e agosto, pode se considerar que os valores ainda estiveram em patamares satisfatórios, não influenciando negativamente nos plantios da safra de verão.

Para o mês, a tendência é de alta no valor da batata. Segundo os dados, nos primeiros 10 dias de setembro, passando o pico de safra de inverno, na Ceasa Minas houve aumento de 3% no valor do quilo da batata.

Retração também na cenoura. Dois fatores contribuíram diretamente para a derrubada de preço: a oferta abundante e a produção satisfatória na maioria das áreas produtoras. Assim, o preço da produtos chegou a R$ 1,58 em agosto, redução de 26,86%. A oferta elevada continua impactando nos preços, desta forma, nos 10 primeiros dias de setembro, houve nova queda de 7% no valor do quilo da cenoura.

Tomate

A alta oferta também fez com que o quilo do tomate registrasse retração de 13,5% em Belo Horizonte ao longo de agosto. O valor chegou a R$ 1,72 por quilo. Porém, a situação se reverteu em setembro, já que nos primeiros 10 dias do mês, houve uma elevação de 16% nos valores. Conforme a Conab, a alta de preço apresentada no início do mês, provavelmente, foi em função de uma retração na oferta. Isso, pela diminuição do ritmo de colheita e menor volume do fruto em ponto correto de maturação.

Enquanto o preço das hortaliças caiu, maioria das frutas ficou mais cara em agosto

Os dados do  9º Boletim Prohort, mostram que, na capital mineira, ao contrário das hortaliças, a maior parte das frutas apresentou alta nos preços. Das cinco pesquisadas, quatro ficaram mais caras. 

A alta mais expressiva foi no preço do mamão, que ficou 65,46% mais caro. O quilo chegou a R$ 4,04. A elevação ocorreu em virtude da diminuição da oferta nas principais regiões produtoras. O movimento ocorreu pelo adiantamento da colheita nas principais regiões produtoras em julho e também pelo tempo mais ameno em agosto, o que acabou atrasando o amadurecimento das frutas e também comprometendo a qualidade.

Aumento significativo também no valor da banana. O preço do quilo subiu 39,05%, encerrando agosto com o valor médio de R$ 4,48. Em agosto, além da recuperação da demanda por causa da volta às aulas, a produção da fruta sofreu com a estiagem.  No Norte do Estado, por exemplo, a estiagem afetou o enchimento das frutas.

No caso da melancia, a alta foi de 15% em agosto, assim, o quilo chegou a R$ 2,32. O preço médio do quilo da laranja chegou a R$ 3,72, representando, então, uma elevação de 9,3% frente a julho. Conforme a Conab, em agosto, a oferta foi restrita, impulsionando, assim, os preços da laranja. A tendência é de preços firmes, o que já foi visto nos primeiros 10 dias de setembro, quando o preço aumentou 5,9% em Belo Horizonte. 

Ao longo de agosto, apenas a maçã registrou queda no preço. A redução, 8,01%, fez com que o quilo encerrasse o período a R$ 7,48.

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