Preço do tomate despenca 25% na Ceasa Minas; melancia e cenoura também ficam mais baratas

Os preços de algumas hortaliças e frutas ficaram mais acessíveis em novembro na Central de Abastecimento de Minas Gerais – Belo Horizonte (Ceasa Minas). Conforme o 12º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), houve retração de preços em duas das cinco hortaliças pesquisadas e em três das cinco frutas presentes no levantamento. Entre os destaques estão as quedas de 25,32% no preço do tomate, de 16,6% na cenoura e de 2,57% na melancia.

A queda registrada nos preços de itens importantes, como o tomate e a cenoura, é resultado de uma boa oferta no período. Na unidade mineira, o destaque foi justamente o tomate. O quilo do produto foi negociado, em média, a R$ 1,97, representando retração de 25,32%.

De acordo com os dados da Conab, ao longo do mês, a oferta foi maior, sendo suficiente para derrubar os preços na maior parte das Ceasas. A disponibilidade do produto aumentou devido às altas temperaturas e à aceleração da maturação. Em um momento seguinte, pode ocorrer esgotamento das áreas em ponto de colheita, refletindo em diminuição da oferta, o que ainda não aconteceu em Belo Horizonte. Nos primeiros dias de dezembro, o valor do tomate recuou 7,7%.

Ao longo do 11º mês de 2025, também houve queda na cotação da cenoura, de 16,62%, com o quilo negociado a R$ 1,73. Assim como em Belo Horizonte, a tendência declinante de preços foi observada na maioria das Ceasas. Na média ponderada do País, houve recuo de 9,68% no preço do quilo em relação à média de outubro.

A retração de preços aconteceu em um momento de queda de 6% na oferta de cenoura, com a disponibilização de 3,5 mil toneladas na Ceasa Minas. Conforme a Conab, com a diminuição da oferta e as chuvas frequentes nas regiões produtoras, em Belo Horizonte, o valor do quilo da cenoura subiu 5% na primeira quinzena de dezembro.

Entre as hortaliças mais consumidas, a batata encerrou novembro com alta de 1,54% no valor do quilo, a R$ 1,49. A valorização é atribuída à redução de 2% na oferta, resultado do período de transição entre as safras. Com queda de 6% no volume disponibilizado, também houve aumento na cotação da cebola, de 4,63%, com o quilo negociado a R$ 1,82.

O aumento das chuvas impactou a produção de alface. Desse modo, a oferta caiu 24% em novembro. O resultado foi um incremento de 15,06% no preço, encerrando o mês com valor médio por quilo a R$ 7,58.

Frutas ficam mais baratas na Ceasa Minas

O aumento da disponibilidade de frutas, ao longo de novembro, favoreceu a queda de preços. Conforme os dados da Conab, das cinco variedades pesquisadas, três ficaram mais baratas. Entre as frutas com preços mais acessíveis aos consumidores está a melancia. O quilo da fruta atingiu média de R$ 2,10, representando retração de 2,57%. Conforme os dados da Conab, no mês, a oferta da fruta ficou 8% menor em Belo Horizonte, e o consumo ficou enfraquecido em função do tempo mais ameno.

Houve queda também na cotação da maçã, de 1,62%, com o quilo avaliado a R$ 8,70. A laranja encerrou o período com o quilo negociado a R$ 2,53, queda de 0,29%. Em novembro, a oferta de laranja caiu 5% na Ceasa Minas. Conforme a Conab, desde outubro, ainda que de forma lenta, há um movimento de queda de preços na indústria de laranja, pressionando os preços no atacado e no varejo. Como as indústrias se mostraram cautelosas para fecharem novos contratos, de olho na demanda externa em queda, os preços pagos começaram a diminuir.

No sentido contrário, os valores da banana e do mamão subiram. O quilo do mamão ficou 4,12% mais alto, chegando a R$ 3,97. No caso da banana, a alta chegou a 1,53%, com o quilo cotado a R$ 3,79. Conforme a Conab, a oferta na Ceasa Minas retraiu 11% em novembro, resultado da menor produção no período.