Preços das hortaliças caíram em agosto

Ao longo de agosto, os preços da maioria das hortaliças recuou na Centraia de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), unidade Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Já nas frutas, o movimento foi contrário, com a maior parte apresentando incremento significativo na cotação.
Entre os itens que tiveram as maiores quedas em agosto frente a julho, destaque para a alface, 28,6%, e para a batata, com recuo de 18,9%. Já nas frutas, as elevações foram de 12,07% no preço da banana e de 12,26% na maçã.
Conforme os dados do 9º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no caso das hortaliças, a redução dos preços é atribuída a alguns fatores que vão desde o início da safra de alguns itens até as temperaturas mais quentes, que favorecem a produção.
“Nós tivemos quedas nos preços na maioria das hortaliças devido ao aumento do volume de praticamente todos os itens analisados”, explicou a gerente de Produtos Hortigranjeiros da Conab, Juliana Torres.
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Principais produtos
Ainda segundo ela, em Belo Horizonte, um dos destaques entre as hortaliças foi a queda registrada no preço da alface. O quilo foi cotado a R$ 4,39, gerando, então, uma redução de 28,6% quando comparado com agosto. A queda expressiva foi a maior registrada entre as centrais pesquisadas no País.
Conforme a Conab, a redução no preço é resultado da recuperação da produção, que é favorecida pelas temperaturas mais elevadas, se comparado com junho e julho.
Conforme a Conab, a cotação da batata também caiu. Na Ceasa Minas, o quilo do produto foi negociado a R$ 2,24, uma retração de 18,19%. A oferta elevada justifica o preço mais acessível.
“No caso da batata, houve uma intensificação da safra de inverno, resultando, assim, em uma maior oferta”.
Outro produto que ficou mais barato em agosto foi a cenoura. A queda chegou a 18,10%, com o quilo comercializado, em média, a R$ 2,66%. O período de safra aumentou a oferta e gerou redução nos preços.
No caso do tomate, a redução nos preços, 15,45%, fez com que o quilo fosse negociado, em média, a R$ 3,52. Conforme os dados da Conab, ao longo do mês houve grande variação nos preços, o que pode ser justificado pela variação das ofertas locais. Dentro do mês, o movimento declinante foi visto na primeira quinzena, enquanto o altista na segunda.
As variações de temperatura, atrasando ou acelerando a maturação, proporcionaram diminuição e aumento de oferta, explicando, assim, os preços oscilantes do tomate. Na Ceasa Minas, o preço em agosto começou a R$ 3,75 o quilo, chegou a R$ 7,50 e caiu, no final do mês, para R$ 5 o quilo.
Já o preço da cebola aumentou em agosto. O quilo foi comercializado a R$ 2,36, uma alta de 5,35%.
Ao contrário das hortaliças, preço das frutas sobe
Ao contrário das hortaliças, a maior parte das frutas apresentou alta nos preços na Ceasa Minas. No período, das cinco frutas acompanhadas, apenas o mamão apresentou recuo.
“O aumento dos preços pode ser explicado pela alta da demanda, que é estimulada pela volta às aulas e pelas temperaturas mais elevadas”, explicou a gerente de Produtos Hortigranjeiros da Conab, Juliana Torres.
Conforme os dados da Conab, uma das altas mais relevantes foi verificada no preço da banana, resultando, assim, em uma variação de 12,07% em agosto, frente a julho. O preço médio por quilo chegou a R$ 3,87.
A maçã foi negociada a R$ 7,83, o quilo, resultado, assim, em uma variação positiva de 12,26% frente a julho.
O quilo da laranja também ficou mais caro. A alta foi de 3,92%, elevando, assim, o quilo para R$ 2,02.
No caso da melancia, foi verificada alta de apenas 0,76% no quilo, que foi negociado, em média, a R$ 2,11.
Já o mamão teve queda nos preços. A redução chegou a 21,06%, fazendo, assim, com que o produto fosse cotado a R$ 4,47.
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