Preços das hortaliças e frutas recuaram em junho

O clima mais propício à produção e o consumo menor frente às temperaturas mais baixas contribuíram para que os preços da maior parte das hortaliças e frutas caíssem ao longo de junho nas Central de Abastecimento de Minas Gerais – Belo Horizonte (Ceasa Minas). Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entre as maiores quedas no período estão os preços:

• da alface (35,67%)
• da cenoura (22,47%)
• e da laranja (24,82%)

Já no sentido contrário, houve alta nas cotações:

• do tomate (10%)
• da maçã (5,94%)
• e da batata (4,09%)

Conforme os dados do 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta terça-feira (22) pela Conab, das cinco hortaliças pesquisadas, três apresentaram quedas de preços em junho, na comparação com maio. A maior retração aconteceu no preço da alface, cujo quilo chegou a R$ 8,10, gerando, assim, uma queda de 35,67%. 

O relatório elaborado pelos técnicos da Conab aponta que a queda nos preços da alface está atrelada ao menor consumo. A oferta da hortaliça diminuiu em 22% em Belo Horizonte se comparado com maio, ou seja, essa queda de preço foi, provavelmente, em função da diminuição da demanda, normal nessa época do ano pelas baixas temperaturas.

Outro destaque é a redução de 22,47% verificada na cotação do quilo da cenoura, comercializado, em média, a R$ 1,63. A oferta da hortaliça caiu 4% no período. No relatório da Conab, os técnicos explicam que mesmo com a oferta menor, o volume foi capaz de provocar queda de preço. Eles destacam que o volume de cenoura disponibilizado em junho foi um dos maiores do ano.

Houve também queda no quilo da cebola, que ficou 13,68% mais barato e chegou a R$ 2,76. Neste caso, a justificativa para a retração foi o aumento da oferta em 5% na Ceasa Minas. 

Hortaliças com preço em alta

No sentido contrário, em junho, a batata e o tomate ficaram mais caros. Conforme a Conab, no caso da batata, o valor do quilo, R$ 2,54, ficou 4,09% maior. Ao longo de junho, a oferta de batata se manteve estável, girando em torno de 15,02 mil toneladas. A tendência, observada nos primeiros dez dias de julho, é de reversão do mercado. Com a maior entrada da batata da safra de inverno, os preços recuaram cerca de 35% na unidade mineira.

Já o preço do tomate subiu 10% em junho, com o quilo negociado a R$ 3,90. No período, a oferta da hortaliça caiu 8%, resultado da maturação mais lenta do tomate por causa das baixas temperaturas. 

Assim como hortaliças, frutas ficaram mais acessíveis em junho 

Os dados do Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), mostraram que, na Ceasa Minas, em junho, houve queda de preços em quatro das cinco frutas pesquisadas pela Conab.

Entre as quedas, a maior foi verificada no preço da laranja. O quilo da fruta encerrou junho a R$ 2,48, representando, portanto, retração de 24,82%. Conforme a Conab, houve aumento do volume comercializado da fruta. Além disso, a demanda pela laranja foi retraída devido ao clima mais frio e pela concorrência com a mexerica poncã.

As baixas temperaturas e a boa oferta, conforme a Conab, também influenciaram na redução das cotações para a melancia, que retraiu 7,28% e foi negociada a R$ 2,03 o quilo. No caso do mamão, cujo quilo chegou a R$ 3,36, houve diminuição da disponibilidade do alimento tanto da variedade papaya como da formosa. Assim, a média ponderada da cotação caiu 2,2% devido à menor procura pela fruta.

O quilo da banana chegou a R$ 2,80, valor 5,24% inferior. A queda se deve ao menor consumo, uma vez que a oferta retraiu 9%, com a disponibilização de 8,6 mil toneladas da fruta. 

Em junho, apenas a maçã apresentou alta nos preços médios, resultado do controle de oferta executado pelas classificadoras e do aumento das importações. Na unidade mineira, o quilo da fruta, R$ 8,33, subiu 5,94% frente a maio.