Agronegócio

Produção de flores deve ganhar fôlego no Estado

Produção de flores deve ganhar fôlego no Estado
Minas Gerais exportou, no ano passado, 268 toneladas de flores e plantas, que movimentaram US$ 2,1 milhões | Crédito: Afonso Hatem/ Seapa

Após ser drasticamente afetada pela crise gerada com a pandemia de Covid-19, a produção de plantas ornamentais e flores vem se recuperando em Minas Gerais. Para este ano, com o maior controle da pandemia e a retomada dos eventos é esperado um desempenho melhor que em 2021. Além de atender o mercado interno, as flores e plantas produzidas em Minas também são exportadas. No ano passado, foram 268 toneladas embarcadas, que movimentaram US$ 2,1 milhões.

De acordo com a assessora técnica da Superintendência de Inovação e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Amanda Bianchi, Minas Gerais é um dos destaques na produção de plantas ornamentais e flores, registrando a cada ano uma perspectiva de crescimento do setor. 

Foram constituídos diversos polos de produção de flores, devido à localização e às condições climáticas favoráveis do Estado. Segundo os dados da Seapa, Minas é o segundo maior produtor do País, atrás somente de São Paulo. Ao todo, são 2,5 mil hectares cultivados e cerca de 500 produtores. As principais regiões são Andradas, Munhoz e Barbacena. 

A floricultura envolve o cultivo de plantas ornamentais, flores de corte – usadas em arranjos e buquês -, plantas em vasos, além da produção de sementes, bulbos e mudas de árvores de grande porte. Minas Gerais tem o município de Barbacena, na região do Campo das Vertentes, como um dos destaques na floricultura de corte, com a produção de rosas. Na cidade de Dona Euzébia, na região da Zona da Mata, destaca-se o cultivo de plantas ornamentais e para jardins, como as palmeiras.

“Este ano, o setor vislumbra um cenário mais otimista em relação ao do início da pandemia, devido ao avanço da vacinação contra a Covid-19. No ano de 2020, o mercado foi muito afetado com o fechamento das floriculturas e o cancelamento de eventos sociais. Já em 2021, com os serviços on-line e a reabertura do comércio, houve crescimento na demanda e vendas de flores de vaso e de paisagismo. Este ano, com o comércio se reorganizando, se reinventando, e com a retomada de eventos, esse crescimento pode ser ainda maior”, avalia Amanda Bianchi.

Decoração do lar

Além do uso em ornamentação de eventos e festas, o setor produtivo aumentou as vendas voltadas para o varejo. Ao longo da pandemia, com as pessoas ficando mais tempo em casa, a população passou a comprar mais flores para usar na decoração do lar.

“Grande parte da população que não comprava flores passou a comprar com frequência, seja para presentear ou para decoração, deixando ambientes mais agradáveis. O aumento das vendas nos supermercados, do atendimento on-line e da diversidade de flores ajudou a impulsionar o mercado. Portanto, para este ano as expectativas são positivas e a tendência é de crescimento para o setor de plantas ornamentais e flores”, diz.

Outro mercado atendido é o externo. Em 2021, Minas exportou 268 toneladas de flores, um aumento de 51% frente às 182 toneladas registradas em 2020. Em relação ao faturamento, a alta ficou em 56% e somou US$ 2,1 milhões. 

Os principais municípios exportadores, onde estão localizadas as empresas, foram Diamantina, com a movimentação de US$ 1,1 milhão, e Contagem, com US$ 567 mil. 

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