Projeto atende 1,7 mil famílias do Semiárido mineiro

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está finalizando os atendimentos do projeto Dom Hélder Câmara. A iniciativa propõe a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural para agricultores familiares do Semiárido mineiro em situação de vulnerabilidade social.
Durante quatro anos de trabalho, 1.793 famílias foram cadastradas, sendo 1.632 beneficiadas com um fomento de R$ 2,4 mil e 150 com assistência técnica. Além disso, foram 1.758 projetos produtivos elaborados pelos extensionistas em visita aos beneficiários, num total de 11.745 assistências técnicas prestadas. E, apesar das dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19, o índice de execução global do projeto foi de 99,47% e o valor total destinado aos beneficiários de R$ 3,6 milhões.
Nos 57 municípios atendidos, os principais projetos produtivos elaborados e executados foram de bovinocultura, agroindústria, avicultura, suinocultura e culturas. As cidades estão dentro das áreas de atuação das unidades regionais da Emater-MG de Almenara, Capelinha, Diamantina, Janaúba, Januária, Montes Claros, São Francisco, Salinas e Teófilo Otoni.
“Vimos as coisas acontecendo na ponta. Percebemos a materialidade das políticas públicas na melhoria da qualidade de vida e na satisfação dos produtores atendidos”, destaca o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia.
Esperança – A Emater-MG promoveu seminário on-line para apresentação dos resultados. O encontro virtual também teve a participação do professor Rômulo Soares Barbosa, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), além de produtores e lideranças municipais. Graças ao projeto, a produtora Maria Creuza de Souza da Silva, de Virgem da Lapa, no Vale do Jequitinhonha, conseguiu montar sua sonhada agroindústria de quitandas. “Agora estou vendendo os produtos na feira e recebendo tantas encomendas que está difícil dar conta de fazer tudo”, conta a quitandeira.
O produtor Maurício Pires, de Águas Formosas, também conseguiu melhorar a produção de leite com ajuda do projeto. Ele conta que queria melhorar de vida e agarrou firmemente a oportunidade. “Eu tinha a esperança que o projeto ia dar certo e foi o que ocorreu. Mas têm outras pessoas na comunidade aguardando uma oportunidade assim. Deveria ter mais políticas dessas para ajudar as pessoas, principalmente os jovens, a continuar vivendo no campo”, comenta o produtor.
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