Queijo cabacinha é retratado em inventário e documentário

O queijo Cabacinha, um dos produtos mais importantes da cultura alimentar do Vale do Jequitinhonha, foi retratado em uma série de conteúdos – inventário, documentário e minidocumentário – do Instituto Periférico, resultado de uma expedição realizada pelo projeto na região entre julho e agosto deste ano. Nesta quarta-feira (3) e no próximo dia 10 dois minidocumentários serão lançados. No último dia 27, foi a vez da estreia de um documentário e um inventário.

Antes mesmo do lançamento dos produtos, o instituto esteve no município de Pedra Azul para o compartilhamento dos resultados da pesquisa e a exibição do documentário para a comunidade escolar e os produtores.

No Vale do Jequitinhonha, a equipe multidisciplinar realizou entrevistas e visitas a produtores, comerciantes e outros profissionais que integram a cadeia produtiva do Cabacinha nos municípios de Pedra Azul, Cachoeira de Pajeú e Medina. O resultado são registros que destacam saberes e fazeres transmitidos de geração em geração há cerca de 80 anos.

Os materiais mergulham na rotina das famílias produtoras, assim como na dinâmica da comercialização em mercados e feiras locais, que se revelam importantes espaços de sociabilidades.

As ações são parte do projeto “Queijo Artesanal: Sabores e Saberes Mineiros”, que tem registrado os modos de fazer tradicionais que envolvem a produção do queijo artesanal em diversas regiões de Minas Gerais.

O objetivo é ampliar o conhecimento, a salvaguarda patrimonial e a promoção cultural e turística de um elemento simbólico da cozinha mineira. Essa é a segunda etapa da iniciativa, que já se dedicou ao Queijo Minas Artesanal das microrregiões de Araxá e Canastra.

A diretora-presidente do Instituto Periférico, Gabriela Santoro, destaca a importância da iniciativa. “O projeto não apenas ressalta a riqueza do nosso patrimônio cultural, mas também estimula a preservação e a promoção do queijo e de seus modos de fazer como um símbolo da identidade mineira. Ao reconhecer e apoiar os saberes e sabores que compõem essa tradição, estamos investindo na nossa história e no futuro dos nossos produtores, possibilitando que o queijo artesanal de Minas Gerais continue sendo uma fonte de orgulho e sustento para muitas comunidades”, disse.

A ação é uma realização do Instituto Periférico com o patrocínio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do Governo Federal, em parceria cultural com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), por meio do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG). O projeto conta com o apoio técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater-MG). Todos os materiais estarão disponíveis no site.