Queijo de Vargem Bonita e café produzido em Manhuaçu são campeões em 2022

Numa disputa bastante acirrada, o 15º Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal (QMA) sagrou como grande campeão o Queijo da Cristina, produzido por Maria Cristina Costa Faria, do município de Vargem Bonita, na região da Canastra.

O queijo (com 15 dias de maturação) alcançou nota de 91,44. “Eu faço queijo desde pequena e sempre procurei fazer o melhor produto, mas a gente acaba ficando surpresa por ser o primeiro lugar”, contou, emocionada, a produtora Maria Cristina Faria.

Na última quarta-feira (7), foram premiados os melhores queijos inscritos no 15º Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal (QMA), além dos campeões da primeira edição do Concurso Estadual dos Queijos Artesanais de Alagoa e Mantiqueira de Minas – disputa paralela -, e os melhores cafés do 19º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais. As competições são promovidas pela Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.

Também com uma nota superior a 91 pontos, o segundo lugar ficou com o Queijo Bicas da Serra, do produtor José Orlando Ferreira Junior, de Carrancas, no Campo das Vertentes. A iguaria (com 23 dias de maturação) obteve a nota de 91,38 pontos.

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Os demais campeões foram: o Queijo Tropeiro (de João José de Melo/Serra do Salitre, nota 87,88 pontos) no terceiro lugar; o Queijo Jacuba (de Maria Teresa Viana Boari, de Coronel Xavier Chaves/ Campo das vertentes, nota de 87,50) na quarta posição, e o Queijo Estrela (Aécio de Oliveira, de São Roque de Minas/Canastra, nota de 87,09), em quinto lugar.

Para selecionar os melhores queijos QMA do Estado, os jurados avaliaram critérios como apresentação externa, cor, textura, consistência, odor, aroma e gosto.

Cafés campeões

O produtor Ercilei José de Oliveira, de Manhuaçu, na região das Matas de Minas, produziu o melhor café arábica do Estado da safra de 2022. Na avaliação dos jurados do 19º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, a bebida tem notas de capim limão, pão de mel, melaço, rapadura, manga, goiaba, chocolate ao leite, doce de leite e casca de limão. O café preparado com os grãos revela uma acidez cítrica, com corpo denso e licoroso.

Com todos esses atributos, conquistou 91,400 pontos, na escala da Associação de Cafés Especiais (SCA, na sigla em inglês), entidade internacional de referência do setor. Para se chegar ao grande campeão, foram provadas cerca de 16,5 mil xícaras de café durante as várias etapas de degustação. Foram considerados os atributos fragrância, aroma, sabor, acidez, corpo, uniformidade, ausência de defeitos, doçura, finalização, equilíbrio e avaliação global.

O 19º Concurso Estadual de Qualidade dos Cafés recebeu neste ano 1.422 amostras de café arábica, de 153 municípios das quatro regiões produtoras do Estado. A região com maior número de inscrições foi a das Matas de Minas, com 726 amostras. Em seguida, ficaram o Sul de Minas, com 454; Cerrado Mineiro, com 159; e Chapada de Minas, com 83.

Foram distribuídos troféus para os primeiros colocados de cada região, nas categorias Natural e Cereja Descascado/Despolpado ou Desmucilado.

E para valorizar o papel cada vez mais importante das mulheres na cafeicultura, foi premiada a produtora com maior pontuação no concurso com a medalha Mulher Empreendedora. A ganhadora foi Silvânia Veiga Teixeira de Lacerda, de Espera Feliz, nas Matas de Minas. O café produzido em sua propriedade na safra de 2022 alcançou 90,100 pontos e conquistou o 3º lugar geral no concurso estadual e o 2º lugar regional, na categoria Cereja Descascado.

Confira todos os ganhadores no site da Emater-MG.