Queijo Minas Artesanal pode se tornar Patrimônio da Humanidade

Na próxima semana, o governo de Minas Gerais dará mais um passo em busca do reconhecimento do Queijo Minas Artesanal (QMA) como Patrimônio Imaterial da Humanidade.
Para isso, o vice-governador, professor Mateus Simões, irá à sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), na França, onde acontecerá a última rodada de conversas com a comissão técnica e os julgadores. O resultado sairá em dezembro.
De acordo com Simões, o reconhecimento do QMA como Patrimônio Imaterial da Humanidade será muito importante para preservar a produção mineira e agregar valor ao queijo: “Se acontecer, vai agregar um valor à produção como nunca foi imaginado. Ele será um produto tipo exportação, reconhecido mundialmente como algo exclusivo, único. É muito importante saber que nossa produção agropecuária não é só fabulosa pelos números, mas também pela qualidade e característica do que produzimos em Minas Gerais”.
Simões ressaltou ainda que o povo mineiro é conhecido pela sua vocação na produção e no consumo de queijo. “Nós consumimos quase duas vezes mais queijo per capita em Minas do que em qualquer outro estado do Brasil. Se lembrarmos que muitos consomem queijos das fazendas, o consumo deve ser muito maior, já que esse volume só contabiliza os queijos vendidos em supermercados”.
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Queijo Minas na Unesco
O Queijo Minas Artesanal foi apresentado à Unesco em 2022. A forma de produção é uma expressão cultural e merece proteção mundial. Conforme Simões, a Unesco reconheceu apenas cinco alimentos como Patrimônio da Humanidade no mundo. O último reconhecido foi a baguete francesa. “O Queijo Minas Artesanal está na última etapa para reconhecimento como Patrimônio da Humanidade e esperamos que aconteça ainda este ano. Estamos muito confiantes que nós teremos condições de anunciar o QMA como Patrimônio da Humanidade”, acredita.
Produção
Conforme os dados do governo estadual, atualmente, 30 mil produtores mineiros garantem a produção anual de 40 mil toneladas de QMA, fonte de renda para diversas famílias rurais. O modo artesanal da fabricação do QMA foi registrado como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
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