Valor da exportação do agronegócio de Minas cresce 4,9%

As exportações do agronegócio de Minas Gerais iniciaram 2021 com resultado positivo no faturamento, mas houve queda no volume destinado ao mercado externo. Em janeiro, os embarques movimentaram US$ 570,4 milhões, representando um aumento de 4,9% no valor frente ao mesmo período do ano passado.
Contudo, em volume, houve retração de 18,7%, com a exportação de 505,8 mil toneladas de produtos agrícolas e pecuários.
A queda no volume acontece, principalmente, por causa dos menores embarques dos complexos de soja e sucroalcooleiro.
Entretanto, o aumento de 24,6% no valor médio da tonelada minimizou o impacto da diminuição do volume e sustentou a alta vista no faturamento do setor.
De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com o faturamento de US$ 570,4 milhões, os embarques do agronegócio de Minas responderam por 25,8% do total exportado pelo Estado.
No período, houve grande valorização do preço médio da tonelada, que foi de US$ 906,28, em janeiro de 2020, para US$ 1.129,87 no mesmo mês de 2021, significando um aumento de 24,6%.
Quais setores impactaram o agronegócio em janeiro de 2021?
No primeiro mês do ano, as importações do agronegócio mineiro movimentaram US$ 88,8 milhões, um aumento de 35%.
O volume importado somou 78,4 mil toneladas, variação positiva de 8,3%. O saldo da balança comercial do setor foi de US$ 481,7 milhões, o que ficou 0,7% acima do registrado em janeiro de 2020.
Entre os produtos exportados pelo Estado em janeiro de 2021, o destaque foi o café, que respondeu por 63,8% da pauta exportadora do setor agropecuário. O faturamento chegou a US$ 363,7 milhões, um acréscimo de 23,4% frente ao mesmo período do ano passado.
Em volume, o café teve alta de 26,4%, com 164,1 mil toneladas enviadas ao mercado externo no primeiro mês do ano.
O grupo das carnes representou 12,5% dos embarques, com alta de 10,7% nos volumes (22,8 mil toneladas), mas queda de 2,9% no faturamento (US$ 71 milhões).
Nos embarques específicos, a carne bovina diminuiu 6,1% em valor, chegando a US$ 53,9 milhões. Entretanto, foram exportadas 12,2 mil toneladas, volume apenas 0,1% menor que o exportado anteriormente.
A comercialização de carne suína também ficou menor. Foram exportadas 873 toneladas, o que representou queda de 48,5%. O faturamento diminuiu 45,5%, encerrando o período em US$ 1,6 milhão.
Já as exportações de carne de frango cresceram 24,2% em receita, alcançando US$ 14,7 milhões. O volume embarcado foi de 9,4 mil toneladas — um aumento de 48%.
Ao longo de janeiro, o complexo sucroalcooleiro registrou resultados negativos. As exportações do grupo caíram 33,4% em faturamento e 35,3% em volume, gerando uma receita de US$ 44,1 milhões e embarque de 150,9 mil toneladas.
Os embarques de soja também caíram. A queda no faturamento foi de 82,1% com a movimentação de US$ 5,88 milhões. Foram embarcadas 12,3 mil toneladas, uma diminuição de 83,1%.
O atraso no plantio e, consequentemente, na colheita são fatores que explicam a queda, já que a oferta da oleaginosa está restrita desde o ano passado.
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