Região produtora recebe reconhecimento

A região das Serras da Ibitipoca foi reconhecida pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) como região produtora de queijo Minas artesanal. Segundo informações divulgadas ontem pela pasta, o reconhecimento beneficiará produtores de 15 municípios. O objetivo é organizar o setor e abrir novos mercados.

A portaria publicada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) no Diário Oficial teve como base um estudo técnico produzido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), que atendeu a um pedido dos produtores. Com isso, o Estado reconhece que eles seguem o processo tradicional de produção do queijo Minas artesanal, utilizando leite cru, coalho, pingo (fermento natural), sal, prensagem manual e, por fim, maturação.

Segundo a Seapa, que coordena todo o processo de regulamentação e elaboração das políticas públicas voltadas para os queijos artesanais de Minas Gerais, a região passou a ser a oitava do Estado reconhecida como produtora da iguaria. As cidades integrantes estão distribuídas no Sul, Sudoeste, Zona da Mata e Campo das Vertentes. São elas: Andrelândia, Arantina, Bias Fortes, Bom Jardim de Minas, Lima Duarte, Olaria, Passa-Vinte, Pedro Teixeira, Rio Preto, Santa Bárbara do Monte Verde, Santa Rita do Ibitipoca, Santa Rita do Jacutinga, Santana do Garambéu, Seritinga e Serranos.

“Essa é uma grande conquista para a região, que agora poderá comercializar o seu queijo de forma legal, uma vez que o queijo Minas artesanal  já tem o seu regulamento reconhecido pelo Estado. Além disso, a portaria reforça o apelo histórico e cultural dessa região para a produção do queijo, o que valoriza a forte vocação turística e resulta em mais desenvolvimento”, avaliou o superintendente de Abastecimento e Cooperativismo da Seapa, Gilson de Assis Sales.

Presidente da Associação dos Produtores de Queijo Minas Artesanal da Região das Serras da Ibitipoca (APROQ), Maria Elisa de Almeida, que também é produtora de queijo na cidade de Lima Duarte, disse que o reconhecimento é muito importante. “Historicamente, a nossa região é produtora de queijo Minas artesanal, o que foi demonstrado pelo trabalho de caracterização. Essa nova portaria vai estimular nossos produtores a regularizar suas queijarias e a produzir cada vez. Com essa conquista, nossos queijos poderão ganhar o mercado e o mundo”, destacou a produtora.

Fundada em 2019, a APROQ conta atualmente com mais de 25 associados e representantes em praticamente todos os municípios que compõem a região. Entretanto, ainda há pouco volume de produção, com aproximadamente 2.500 quilos fabricados mensalmente somando todos os associados. (Com Agência Minas)