Região Vulcânica ganha marca única na Semana Internacional do Café

Com uma formação rochosa advinda de um vulcão há muito tempo extinto, que resultou em cadeias de montanhas com altitudes que chegam a 1.500 metros, solo rico em minerais, clima ameno e um trabalho tradicional e cuidadoso dos produtores, a região que divide os estados de Minas Gerais e São Paulo, e que tem o município de Poços de Caldas como referência, mostrou-se um terreno fértil para a produção de cafés de qualidade.
Diante deste potencial, o Sebrae desenvolveu uma plataforma estratégica para a Região Vulcânica, com o objetivo de posicionar o território de forma relevante e sustentável, por meio de uma expressão de marca única e verdadeira, que será lançada hoje, às 19h, no estande virtual da instituição na Semana Internacional do Café (SIC).
O novo mundo do café diferencia claramente os mercados de commodities e de especiais. Assim, os cafés de origem têm se destacado como principal demanda dos compradores sofisticados e de todo o público que vem exigindo produtos diferenciados.
“Por suas características privilegiadas, a Região Vulcânica consegue ofertar um café de qualidade superior com sabores e aromas únicos. Tal cenário e a tendência de mercado de valorização das origens produtoras justificam a implementação de ações orientadas para o fortalecimento dos pequenos negócios para a diferenciação deste território, por meio do posicionamento de marca”, explica o analista do Sebrae Minas Ivan Figueiredo.
O território da Região Vulcânica é composto por 12 municípios: Andradas, Bandeira do Sul, Botelhos, Cabo Verde, Caldas, Campestre, Ibitiúra de Minas e Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais, e Águas da Prata, Caconde, Divinolândia e São Sebastião da Grama, no estado de São Paulo.
História – O projeto para a criação da Marca Território Cafés da Região Vulcânica começou em 2018, com o desenvolvimento de ações com foco nos produtores e lideranças locais para os trabalhos de reconhecimento da região, conscientizando sobre a importância e o potencial de crescimento do setor cafeeiro local.
“Como resultado deste trabalho, espera-se o posicionamento da Região Vulcânica como uma origem produtora de café que, além da qualidade do produto, possui particularidades inerentes ao território, ao produto e às pessoas nela inseridas que a tornam única, sendo reconhecida e valorizada pelos mercados nacional e internacional de café”, complementa Figueiredo.
Diante dessa importância, a SIC foi o momento escolhido para o lançamento da nova marca, já que esse é o maior evento do setor do Brasil. A ideia é apresentar as características desse território e sensibilizar toda a cadeia produtiva do café, parceiros e comunidade em geral a fim de promover o engajamento dos players na utilização da referida estratégia, visando à valorização da Região Vulcânica, seus produtores e produtos. (Com Sebrae Minas)
Repasses do Funcafé atingem 61% da meta
São Paulo – O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) repassou a agentes financeiros cerca de R$ 3,5 bilhões para linhas de crédito ao setor até este momento da safra 2020/21, o que representa 61% do volume programado no início da temporada, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ontem.
Do montante, R$ 1,18 bilhão foi destinado a linhas de custeio, R$ 1,4 bilhão para comercialização, R$ 535 milhões para aquisição e R$ 417 milhões para capital de giro para indústrias de café solúvel, disse a pasta.
“O volume de recurso já liberado e disponível aos cafeicultores neste início de safra é importante nessa fase de tratos culturais nos cafezais para garantia de boa produtividade”, disse em nota o diretor de Comercialização e Abastecimento da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Silvio Farnese.
De acordo com dados do ministério, o volume total contratado pelas instituições financeiras soma R$ 5,2 bilhões até o momento, ante programação de R$ 5,7 bilhões para a safra.
Entre os 30 agentes financeiros com contrato assinado com o ministério para o Funcafé, o Rabobank encabeça as listas de volumes liberados, com cerca de R$ 422,1 milhões, e de montantes contratados, com R$ 624,7 milhões.
Para a safra atual, os juros foram definidos em até 5,25% para custeio, comercialização e Aquisição – FAC (quando o beneficiário for cooperativa de cafeicultor) e de 6,75% para capital de giro e para FAC (demais beneficiários). (Reuters)
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