Safra 2025/26 de cana-de-açúcar terá queda de 7,1% em Minas Gerais

Após colher uma safra 2024/25 de cana-de-açúcar recorde, Minas Gerais, no ciclo 2025/26 terá uma retração de 7,1% no volume, chegando, assim, a 77,2 milhões de toneladas. A queda é atribuída às condições climáticas desfavoráveis ao longo de 2024, incluindo a estiagem prolongada e ao volume de chuvas abaixo do esperado durante a entressafra.
Os dados foram divulgados no evento de Abertura da Safra Mineira de Cana-de-Açúcar 2025/2026, realizado na Usina Vale do Tijuco, da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), em Uberaba, no Triângulo Mineiro.

Conforme o presidente da Siamig Bioenergia, Mário Campos, as condições climáticas impactaram diretamente a produtividade agrícola, que tende a retrair 12,5% na safra 2025/26. Haverá também queda na qualidade da matéria-prima, refletindo na menor concentração de Açúcar Total Recuperável (ATR), com redução de 2,3% por tonelada de cana. A estimativa é cultivar 1,23 milhão de hectares de cana em 2025/26, contra 1,12 milhão de hectares no ciclo anterior, resultando assim em uma alta de 9,8%.
“Em que pesem os problemas climáticos na maior parte de 2024, o que impacta a produção e a produtividade da safra que se inicia, Minas Gerais continua em crescimento de área, comprovado pelo aumento da área de cultivo, consolidando-se como o segundo maior Estado produtor. A área em cana está crescendo, o setor está investindo e, nas próximas safras, teremos um retorno muito significativo elevando a participação de Minas Gerais na produção nacional de cana-de-açúcar”.
Companhia Mineira de Açúcar e Álcool prevê expansão no Triângulo Mineiro
Durante a cerimônia “Abertura da Safra Mineira de Cana-de-Açúcar 2025/2026”, a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), com sede em Uberaba, anunciou que já está em andamento o plano de investimentos de R$ 3,5 bilhões. O projeto promoverá, até 2033, a expansão da capacidade de moagem e produção de açúcar e de álcool nas três unidades agroindustriais da empresa em Uberaba, Limeira do Oeste e Canápolis, todas no Triângulo Mineiro.
Conforme os dados da Siamig, o plano de expansão inclui a criação de 1.350 empregos diretos, que se somarão aos atuais 8 mil postos de trabalho. Atualmente, a CMAA tem capacidade para processamento de cerca de 10 milhões de toneladas de cana, com produção total de 716 mil toneladas. Em 2025, a expectativa da empresa é faturar R$ 3,5 bilhões.
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