Safra de cana-de-açúcar avança e soma quase 70 milhões de toneladas

A safra 2024/25 de cana-de-açúcar, em Minas Gerais, segue registrando resultados positivos. O Estado entrou no último terço da safra e já moeu quase 70 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O volume representa 88% do total estimado para Minas Gerais, que é de 80 milhões de toneladas. Até o momento, o mix destinado para a fabricação de etanol e açúcar segue muito próximo, mudando um pouco a perspectiva inicial de produção, que previa um maior volume de açúcar em 2024/25.
Conforme o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig Bioenergia), Mário Campos, até 1º de outubro, a moagem da cana no Estado estava 6,6% maior que a registrada no mesmo intervalo da safra passada. Das 35 usinas em operação em Minas Gerais, apenas uma concluiu a safra.
“Entramos no último terço da safra. Acredito que, até o final da safra, vamos alcançar as 80 milhões de toneladas de cana projetadas inicialmente”, projetou.
Ainda conforme Campos, a partir da segunda quinzena de outubro, com a retomada das chuvas, as operações em campo reduziram o ritmo, uma vez que as precipitações impedem a colheita e o processamento da matéria-prima. Porém, a expectativa é moer os 10 milhões de toneladas restantes em campo e atingir a estimativa inicial de safra.
“A segunda quinzena de outubro foi totalmente diferente do restante da safra, onde tivemos chuvas nas regiões produtoras. As chuvas já eram esperadas há algum tempo e são uma boa notícia. Porém, devem reduzir o aproveitamento de tempo. Quando chove, paramos a produção porque não é possível colher e transportar para a indústria. Com as chuvas, também registramos um pouco de perda na qualidade da matéria-prima”.
Os dados da Siamig mostram que, na primeira quinzena de outubro, foram processadas 5,4 milhões de toneladas de cana, superando em 3,9% o volume registrado em igual período da safra 2023/24. O mix de cana destinados aos produtos está em 51% para açúcar e 49% para etanol.
No período, a produção de açúcar somou 4,6 milhões de toneladas, um aumento de 7,8% em relação à safra passada. Durante a primeira quinzena de outubro, foram produzidas 425 mil toneladas, 6,2% a mais que na mesma quinzena do ano anterior.
“Nas últimas quinzenas, em função de série de questões, como, por exemplo, a cana sofrendo com incêndio e dificuldades das empresas em cristalizar o açúcar, o mix destinado para o açúcar ficou muito próximo ao do ano passado. No início do ano, a estimativa era ficar maior pelos investimentos em novas usinas. Nesta safra, são três fábricas a mais e uma quarta sendo testada para rodar em 2025. A perspectiva não se concretizou e, então, vamos ficar muito próximos ao ano passado”.
A fabricação total de etanol atingiu 2,7 milhões de metros cúbicos, registrando um crescimento de 7% em comparação ao mesmo período da safra anterior. Desse total, 1,7 milhão de metros cúbicos foram de etanol hidratado e 971 mil metros cúbicos de anidro, resultando, portanto, em um aumento de 15,5% no hidratado e uma redução de 5,4% no anidro em relação à safra 23/24.
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