Safra de grãos 2024/25 pode avançar 7,2% em Minas Gerais; entenda

A produção de grãos em Minas Gerais tende a crescer na safra 2024/25. Conforme o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, a previsão inicial é colher 17,2 milhões de toneladas de grãos, ficando, portanto, 7,2% superior ao volume da safra passada.
Neste ano, a expectativa é de um cenário climático mais favorável. Assim, é esperada uma recuperação da produtividade, que pode crescer 6,9% no Estado.
De acordo com os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), dentre os grãos, a soja deve ser o destaque, com produção 10,5% maior e somando 8,6 milhões de toneladas.
Conforme o gerente de Acompanhamento de Safras da Companhia, Fabiano Vasconcellos, este primeira levantamento da safra 2024/25 traz dados bastante preliminares, que são baseados em informações coletadas pelo técnicos e também com auxílio de modelos estatísticos, análises meteorológicas, auxílio de mapeamentos e levantamento da produtividade.
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“O plantio da safra começou, mas avançou pouco pelas chuvas ainda irregulares. Para esta safra, a previsão é de recuperação da produtividade, que foi fortemente impactada na safra passada pelo clima”, diz Vasconcellos.
Safras de soja e milho tendem a crescer em Minas Gerais
Com as chuvas ainda irregulares e pouca umidade no solo, o plantio da safra de grãos 2024/25, em Minas Gerais, pouco avançou. Entre as culturas, a semeadura da soja iniciou, mas somente nas áreas irrigadas por pivôs centrais. Nesta temporada, a estimativa inicial é colher 8,6 milhões de toneladas de soja no Estado, gerando, assim, uma alta de 10,5% frente à safra passada.
O aumento na produção da oleaginosa vem da expectativa de avanço na produtividade. Os dados da Conab apontam para um incremento de 7,1% no rendimento por hectare, alcançando, então, 3,7 toneladas.
A área plantada também está 3,2% maior, com o uso de 2,3 milhões de hectares. Conforme a Conab, o avanço ocorrerá, principalmente, em áreas de pastagem degradadas e na troca do cultivo do milho pela soja em razão de sua maior rentabilidade atual.
“O plantio da safra de soja 2024/25 começou, porém, se encontra atrasado em relação ao último ciclo devido às condições climáticas desfavoráveis, com precipitações irregulares, em volume e distribuição espacial. Em Minas Gerais, já houve início do semeio da oleaginosa, mas restrito às áreas irrigadas por pivô central”, explica o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos.
Assim como na soja, a tendência é de aumento na produção do milho na primeira safra. Os dados iniciais da Conab apontam para um possível incremento de 2,5% no volume, chegando, portanto, a 3,99 milhões de toneladas.
O relatório da Conab mostra que o plantio da primeira safra do grão ainda não começou em Minas Gerais. Isso se deve ao clima extremamente desfavorável, caracterizado por estiagem prolongada de aproximadamente 180 dias, em praticamente todo Estado.
Além disso, também há as altas temperaturas que, quando comparadas com as médias históricas para o período, resultaram em um acentuado déficit hídrico do solo e não permitiram o início das operações de semeadura do milho primeira safra.
Produção dos demais grãos tende a cair
Apesar da estimativa positiva para a produção de soja e milho primeira safra, Minas Gerais tende a produzir menos feijão e algodão na safra 2024/25. Conforme os dados da Conab, para o feijão primeira safra, a previsão é de uma queda de 14% em volume, estimado em 176,4 mil toneladas. A produtividade média esperada, 1,4 toneladas por hectares, deve ficar apenas 0,9% maior.
De acordo com os técnicos da Conab, embora ainda não haja semeadura efetiva, já que o Estado passa pelo período de vazio sanitário, a expectativa inicial é de redução na área plantada em relação à temporada passada.
A área tende a ficar 15,3% menor, com o plantio ocupando cerca de 119,9 mil hectares. Entre os fatores para a redução da área estão, principalmente, o risco climático e a forte concorrência com outros cultivos, como soja e milho, que apresentam boa rentabilidade.
Para o algodão, os dados iniciais apontam para a colheita de 82,5 mil toneladas de algodão em caroço, queda de 11,3%. A produtividade média, 2,5 toneladas por hectares, deve ficar 11,3% menor. Quanto à área, a previsão é chegar a 32,1 mil hectares em Minas Gerais, se mantendo igual à utilizada na safra passada.
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