Safra de grãos deve chegar a 17,9 milhões de toneladas em Minas Gerais

Em Minas Gerais, a produção de grãos na safra 2024/25 aponta para uma colheita de 17,9 milhões de toneladas. A nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostra um incremento de 11,5% no volume a ser colhido se comparado ao resultado obtido no ciclo anterior. Conforme os dados do 9º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, o bom desempenho da safra mineira se deve à boa produtividade das lavouras que, na média, deve crescer 11%. Entre os grãos mais cultivados, a soja é o destaque com alta de 17,4% na produção e uma colheita de 9,1 milhões de toneladas.
Na safra 2024/25 de grãos em Minas Gerais, a área de cultivo ficou 0,5% maior, somando 4,2 milhões de hectares. O avanço maior aconteceu na produtividade, 11%, com a colheita de 4 toneladas por hectare em média.
A soja continua sendo o grão mais cultivado no Estado. No atual ciclo, o volume chegou a 9,14 milhões, um avanço de 17,4%. Este ano, o clima foi mais favorável para produção, assim, a produtividade da oleaginosa cresceu 13,5% e chegou a um rendimento médio por hectare de 3,9 toneladas. A área dedicada à cultura, 2,3 milhões de hectares, aumentou 3,4%.
Apesar da queda na primeira safra, produção de milho total deve crescer
Outro destaque positivo é a produção de milho. Ao todo, Minas Gerais tende a colher 6,3 milhões de toneladas, 3% a mais. A produtividade foi estimada em 5,9 toneladas por hectares, 11,2% superior. A área de produção caiu 7,4%, tendência que vem sendo registrada nos últimos anos devido à migração dos produtores para cultivos com maior liquidez, como a soja, por exemplo. Somente na primeira safra, Minas Gerais colheu 3,8 milhões de toneladas, queda de 1,4%.
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Já para a segunda temporada, cuja colheita foi iniciada, a estimativa aponta para um incremento de 10,8% no volume, podendo alcançar 2,46 milhões de toneladas. A alta na segunda safra é resultado da estimativa de recuperação da produtividade, que tende a crescer 15,7% e chegar a 5,6 toneladas por hectare. A área plantada, 439,9 mil hectares, caiu 4,2%.
“A colheita do milho segunda safra foi iniciada e os rendimento têm se mostrado bons e acima do que estávamos prevendo. Em maio, na região, houve redução das chuvas, o que diminuiu a umidade do solo. Isso pode impactar na segunda safra, causando redução da produtividade devido à restrição hídrica”, explicou o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos.
Sorgo e algodão
Mais resistente à estiagem, o cultivo do sorgo também está maior em Minas. A perspectiva é colher 1,3 milhão de toneladas, alta de 32%. A área de cultivo cresceu 16,7% e chegou a 372 mil hectares. A produtividade, estimada em 3,5 toneladas por hectare, está 13,2% maior.
A produção mineira de algodão segue com tendência de crescimento. Os dados da Conab apontam para um incremento de 17,8% na produção do grão, somando, assim, 110 mil toneladas de algodão em caroço. No ciclo produtivo, a área cresceu 36,4% e a produtividade tende a cair 13,6%. A produção de pluma pode atingir 76,8 mil toneladas, 18% a mais que na safra anterior.
Safra de feijão será menor
Ao contrário dos demais grãos citados, a produção mineira de feijão ficará menor. Conforme o 9º Levantamento da Safra de Grãos, a colheita total do grão chegará a 469,1 mil toneladas, representando, assim, uma queda de 9,3% frente ao ano anterior. “A redução do volume se deve ao cenário de preços baixos para o feijão”, disse o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos.
Na primeira safra, conforme os dados da Conab, a colheita somou 205 mil toneladas do grão, recuo de apenas 0,6%. A área de cultivo ficou 9,36% menor, enquanto a produtividade cresceu 9,6%.
Para a segunda safra de feijão, a estimativa aponta uma queda de 17,9% no volume, somando, assim, 125 mil toneladas. As lavouras estão entre a maturação e o início da colheita. Queda também no terceiro ciclo, 12,3%, com a estimativa de colher 139 mil toneladas de feijão.
“A estimativa aponta para uma redução de área na segunda safra de feijão, isso porque na segunda safra do ano passado houve um aumento bem expressivo na área. Já neste ano, houve uma substituição da cultura do feijão por outras, principalmente, pelo milho, causando queda na área. No caso da terceira safra, as lavouras começam a ser semeadas e o déficit hídrico não deve afetar, já que as lavouras são irrigadas”, disse Vasconcellos.
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