Saudali vai investir R$ 50 milhões em expansão e inovação

A Saudali – Frigorífico Industrial Vale do Piranga, com sede em Ponte Nova, na Zona da Mata em Minas Gerais, está aproveitando a expansão do setor da carne suína e ampliando os resultados. Em 2025, quando a indústria completa 25 anos, a expectativa é elevar em 13,5% o faturamento, que chegará a R$ 1,17 bilhão. Para acompanhar a demanda crescente pelos produtos, a Saudali investirá cerca de R$ 50 milhões na melhoria dos processos e em inovações entre o final de 2025 e em 2026.
Conforme o diretor-procurador da Saudali, Desidério Guimarães, o segredo para a empresa seguir em constante crescimento é a união dos produtores, no investimento constante em tecnologia e na valorização das pessoas que fazem parte da cadeia suinícola.
Além disso, os mercados interno e externo seguem aquecidos para os produtos da carne suína. Em 2024, Minas Gerais atingiu 27,4 quilos per capita de consumo, com isso, permaneceu como líder absoluto no Brasil, deixando para trás a média nacional de 20,5 quilos per capita. No mesmo período, o País registrou recorde no abate de suínos, com 57,86 milhões de cabeças abatidas no ano passado, um crescimento de 1,2% em comparação a 2023.
A expansão acontece também no mercado externo. No cenário internacional, as exportações brasileiras de carne suína in natura cresceram 19,2% em volume no primeiro semestre de 2025, com receita superior a US$ 1,6 bilhão.
“Nossa previsão de investimentos é de aproximadamente R$ 50 milhões. Nós vamos continuar investindo em inovação e melhorias para a Saudali, fazendo com que nossos produtos continuem alimentando as famílias em Minas Gerais, no Brasil e no mundo”, explicou.
Ainda conforme Guimarães, o valor será destinado à melhoria da infraestrutura e aquisição de novas tecnologias. “O planejamento compreende investimento em maquinários mais modernos e sustentáveis, plataformas de análise de dados e de mercado, a construção de um restaurante mais amplo, além de investimentos voltados ao aumento de produção e produtividade”, explicou.
Localizada na região do Vale do Piranga, o maior polo de suinocultura independente do País, a Saudali se consolidou como uma das principais indústrias especializadas na produção de alimentos derivados de suínos. Atualmente, a empresa possui uma planta industrial com cerca de 26 mil metros quadrados de área construída, em um terreno próprio de mais de 480 mil metros quadrados. Por dia, são abatidos em torno de 2 mil suínos e produzidos 220 mil quilos de carne suína.
A operação gera aproximadamente 5 mil empregos diretos e indiretos, movimentando a economia local e contribuindo para o desenvolvimento de toda a região. O mix Saudali conta com mais de 230 produtos suínos congelados, resfriados, defumados, embutidos, especiais temperadas e in natura.
Em 2024, a Saudali registrou um faturamento aproximado de R$ 1,03 bilhão, valor que em 2025 deve alcançar R$ 1,17 bilhão,gerando, assim, uma alta de 13,5%.
Hoje, os produtos da Saudali são distribuídos em 20 estados brasileiros e exportados para países da África, Ásia, América Central, América do Sul e Leste Europeu.
Força na Zona da Mata
A Saudali tem papel relevante no desenvolvimento da suinocultura na Zona da Mata de Minas Gerais. A indústria foi fundada por suinocultores no final da década de 90 e início de 2000, em meio a um período de transformação socioeconômica na Zona da Mata Mineira.
Segundo o diretor-procurador, Desidério Guimarães, que foi um dos responsáveis pela estruturação da empresa desde sua fundação, a região, historicamente voltada para culturas como a cana-de-açúcar e o café, enfrentou crises que obrigaram os produtores locais a buscarem novas alternativas de produção. A criação de suínos, antes uma atividade de subsistência, ganhou força e se tornou economicamente viável e competitiva.
Para estruturar a produção, os suinocultores se organizaram e criaram a Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap) e, posteriormente, a Cooperativa dos Suinocultores de Ponte Nova e Região (Coosuiponte). As duas entidades continuam sendo fundamentais para o desenvolvimento da atividade. “Com a união dos produtores, conseguimos fortalecer a suinocultura regional e criar bases sólidas para o crescimento do setor”, finalizou Guimarães.
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