13ª Semana Internacional do Café começa em BH nesta quarta-feira com crescimento de 50%
A Semana Internacional do Café (SIC), que vai até 7 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte, além de gerar mais de R$ 150 milhões em negócios, reunindo cerca de 40 expositores e 25 mil visitantes, também é o momento de mostrar a pujança da produção mineira de café para o mundo. Com o tema “Café em transformação – inovação, sustentabilidade e oferta no mercado global”, o evento ressalta os avanços, principalmente, em relação à sustentabilidade, tecnologias e à competitividade da produção, que segue sendo um dos principais produtos da pauta exportadora do Estado.
Conforme o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, a cafeicultura é a principal atividade da pauta de exportação agropecuária e, mesmo com as tarifas impostas pelos Estados Unidos, continua gerando resultados positivos.
“O café é protagonista. Na exportação, o grão apresenta um crescimento de 48% frente ao ano passado, mesmo com as tarifas impostas pelos Estados Unidos. Foram US$ 7,8 bilhões comercializados só com café. Praticamente 53% da pauta de exportação agrícola de Minas é café. Isso gera renda, gera emprego e é um sistema muito organizado, através de cooperativas e com o valor agregado dos cafés especiais dos pequenos agricultores”.
Além da dedicação dos cafeicultores, Fernandes destaca que as políticas públicas também são fundamentais para o avanço da atividade. “O Estado tem acompanhado a atividade com políticas públicas voltadas para que, efetivamente, essa cadeia continue crescendo. Apoiamos o sistema de cooperativas, a assistência técnica, as pesquisas, a defesa sanitária e, principalmente, a plataforma Selo Verde, que mostra a rastreabilidade em tempo real dessas propriedades cafeeiras em Minas e mostra a força que nós temos nesse 1 milhão e meio de hectares plantados de café em Minas Gerais”.
Fernandes citou ainda a importância da disponibilização de crédito para os produtores através de linhas de financiamento do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e do Banco do Brasil. “Somos a maior carteira agrícola, hoje, do Banco do Brasil, com R$ 55 milhões e o café é protagonista disso. Somos o Estado que mais acessa os recursos do Funcafé, que é um fundo específico para trabalhar com a cafeicultura. Tudo isso, traz resultados positivos para a cultura”.

O presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio Pitangui de Salvo, destacou a importância do setor produtivo trabalhar juntamente ao governo e às demais entidades que contribuem para a evolução das atividades agrícolas. Além disso, destacou que o País é um exemplo em tecnologia, o que gera uma produção cada vez mais competitiva, sustentável e capaz de abastecer o mercado interno e também o externo.
“Juntos, começamos a mostrar o tamanho das feiras dos produtos brasileiros e com café aqui em Minas Gerais não é diferente. A tecnologia dentro do setor agropecuário é fundamental. O Brasil só se tornou o grande produtor agrícola de diversos produtos porque nós aprendemos com o pacote tecnológico criado por brasileiros. Isso fez com que o País saísse importador de alimentos para o maior exportador. O café tem crescido pela tecnologia, por novos cultivares, por novos tratos culturais, por novas formas de colheita, de armazenagem, de torra, são várias as etapas que fazem o café conquistar não só Minas Gerais, mas, o Brasil e o mundo”.
Para o presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, a Semana Internacional do Café (SIC) mostra a importância estratégica de Minas Gerais no cenário global do café, por isso, a importância de sediar o evento.
“É importante que a SIC, com toda a propriedade, seja realizada aqui em Minas Gerais, aqui em Belo Horizonte. Porque se nós fôssemos considerado um país, nós seríamos o maior produtor de café do mundo. Então, nada mais apropriado do que realizar aqui. A cada ano que passa a SIC se torna mais majestosa, com mais gente, mais implementos e mais expositores. As nossas cooperativas, são as grandes vedetes desse encontro, mas na pessoa do cafeicultor”.
Ainda conforme Scucato, o negócio é muito importante, mas não mais do que a pessoa. A SIC também é o momento de mostrar o trabalho sério desenvolvido no campo. “Nós valorizamos a qualidade de vida do cafeicultor e da família. O nosso produtor rural tem a maior dignidade, é o maior conservador, não só do solo, mas da água. Estamos aqui, na SIC, para mostrar para o mundo o que temos e que fazemos muito bem feito. A nossa grande produção de café em Minas Gerais está expressa na Semana Internacional do Café”.
Este ano, uma das novidades da SIC é que, no último dia do evento, na sexta-feira (7), ela será aberta, pela primeira vez, ao público. Os chamados “cofee lovers” vão poder visitar os estandes das centenas de marcas e cooperativas de produtores, provar vários tipos de cafés e também comprá-los. Os ingressos no valor de R$ 70 podem ser adquiridos pelo site da Semana Internacional do Café.
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