Agronegócio

SIC amplia alcance de público com modelo híbrido

SIC amplia alcance de público com modelo híbrido
A Semana Internacional do Café reuniu 105 expositores e em torno de 10 mil visitantes no Expominas | Crédito: Divulgação/SIC

A Semana Internacional do Café (SIC) reuniu, durante 10 a 12 de novembro, cerca de 10 mil visitantes e 105 expositores.

Em um momento de retomada presencial, após a realização da feira de 2020 em formato completamente virtual, o evento teve como destaque os debates sobre a sustentabilidade na cadeia produtiva do grão, além de inovações que chegam para suprir necessidades do mercado no que diz respeito às experiências com a bebida e para o desenvolvimento do setor.

Até o fechamento desta edição, os organizadores da SIC ainda não tinham divulgado os números relacionados à movimentação em negócios durante o evento realizado no ExpoMinas.

Para a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Ana Valentini, esse retorno ao modelo presencial, com respeito aos protocolos de saúde e exigência da primeira dose da vacina como requisito para a entrada no evento, tornou a SIC deste ano ainda mais especial. 

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“A SIC 2021 foi excepcional. O brilho no olhar de cada um pelo reencontro, pela retomada de negócios e a troca de experiências foi muito intenso, além do cheiro delicioso de café se espalhando por estandes cada vez mais lindos. O que define esta edição da SIC é a emoção e também a esperança de que estaremos todos juntos em 2022”, afirmou a secretária. 

Segundo o diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), João Cruz, a SIC 2021 foi mais que uma oportunidade para reconectar o mundo do café, disse em alusão ao slogan adotado para o evento: “retomar, reencontrar, reconectar”. 

“A feira foi uma celebração da resistência e da competência dos produtores e empresários do setor, que conseguiram superar os momentos difíceis que passamos. Ela demonstrou que a iniciativa e criatividade tomaram o lugar das dificuldades”, afirmou o diretor-técnico do Sebrae Minas.  

Evento do setor cafeeiro reuniu 105 expositores no ExpoMinas | Crédito: Divulgação/SIC

Alcance global 

Além do público presencial, diversas atrações que foram percebidas pelos visitantes também foram transmitidas em tempo real de forma on-line, o que possibilitou outros 6 mil acessos no evento e democratizou o acesso às pessoas que não puderam comparecer ou que residem em outros países. 

Para Ana Carolina Gomes, analista de Agronegócios da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Sistema Faemg), entidade idealizadora da feira, esse formato híbrido é uma realidade que a organização da SIC pretende levar para as novas edições. 

Destaques da feira 

Em relação aos pontos altos da feira, Ana Carolina Gomes ressalta o tema da sustentabilidade, da agricultura orgânica e aqueles relacionados às técnicas de manejo que trazem inovação para todo o sistema produtivo. Mas não é só: entre as tendências da feira que movimentaram o paladar e os sentidos do público está a do leite de aveia versão barista. 

“Nós tivemos dois expositores que fizeram do leite de aveia um nicho de mercado. E foi algo que teve uma audiência muito grande, grande interesse das pessoas. E essa demanda é crescente. Se analisarmos a cadeia do café, essa é uma novidade e também uma tendência, principalmente para atender ao público e às exigências do mercado”, avalia Gomes em relação ao público vegano e também às pessoas que de modo geral não podem ingerir alimentos com a proteína e do leite ou, até mesmo, aquelas que buscam novas experiências. 

De acordo com o cofundador e CEO da Naveia, empresa de leites vegetais à base de aveia, Felipe Ufo, a ideia de criar a empresa surgiu a partir de uma experiência que teve quando morava em Berlim, na Alemanha. “Eu conheci o leite de aveia lá e fiquei fascinado com o produto. E foi a partir daquele momento que comecei a estudar sobre o produto, entender a cadeia produtiva, os custos e impactos para o meio ambiente”, conta Ufo. 

Entre os leites vegetais oferecidos pela marca, o CEO Felipe Ufo explica que a versão barista é mais encorpada e, por isso, ideal para as combinações com o café. Lançados em novembro de 2020, os leites são a aposta da empresa para levar mais opções à mesa dos brasileiros e cuidar das florestas ao tirar as vacas das florestas: “essa pode ser a ferramenta de colocar na vida daquelas pessoas que não são veganas uma alimentação saudável e consciente”. 

A segunda opção de leite vegetal apresentada na SIC, também à base de aveia e castanha, é a barista da empresa A Tal da Castanha, que no ano passado formou união (joint venture) com o Grupo Três Corações

Conforme explicou a especialista em cafés e responsável por treinamento, operação e experiência de consumo da Três Corações, Carolina Barreto, o lançamento da versão barista demonstra a preocupação com as demandas do consumidor e em trazer novas oportunidades de consumo. 

“A ideia é agregar um produto ao café, que é o DNA da empresa (3 Corações), e ao mesmo tempo manter a preocupação em levar qualidade ao público. E a diferença da versão barista do leite vegetal foi pensada para o café, para tornar a vaporização mais fácil, a textura mais cremosa. E a castanha e a aveia também tornam o sabor do leite mais adocicado, o que torna essa bebida vegetal com aceitação alta pelo sabor equilibrado e a manutenção do corpo da bebida e da textura”, explica a especialista.

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