Suinocultura ganha competitividade com inseminação artificial

Em um período de custo elevado, suinocultores podem adotar medidas para tornar a produção mais eficiente e produtiva. Entre os cuidados que já são adotados estão a inseminação artificial, que ajuda a acelerar o ganho genético. Além disso, é necessário cuidar do manejo e, principalmente, da nutrição do rebanho, utilizando produtos adequados a cada ciclo das matrizes. Com os cuidados, a produção tende a ser mais eficiente, ganhando competitividade e gerando oportunidades de atender ao mercado, inclusive, o externo. As exportações têm sido importantes para minimizar o aumento dos custos, uma vez que o dólar segue valorizado.
De acordo com o gerente de Nutrição Suínos da Vaccinar, Lisandro Haupenthal, a suinocultura comercial e tecnificada já utiliza a inseminação artificial em 100% das matrizes. Porém, o diferencial para uma boa produção é a escolha de bons reprodutores.
“Com a IA e bons reprodutores é possível melhorar o ganho genético da produção. Ao invés de usar um macho para cobrir 20 a 30 fêmeas na granja, esse macho na central de produção de sêmen pode atender mais de 100 matrizes. Desta forma, é possível escolher os melhores machos para serem doadores e melhorarem o ganho genético mais rápido na suinocultura”, explica.
Além da melhoria genética, os cuidados com as matrizes que serão mantidas no plantel são essenciais. Ter matrizes altamente produtivas e produzindo por mais tempo é fundamental para o bom desempenho das granjas. E os cuidados para que isso aconteça devem ser iniciados com os animais ainda jovens.
“Para ser uma boa reprodutora, além do manejo, é preciso de cuidados diferenciados, de nutrição apropriada e diferente dos animais que vão para o abate. Estas futuras reprodutoras vão viver mais tempo e precisam desenvolver a condição física, a óssea e também ter a formação do aparelho reprodutivo e mamário. Neste caso, a demanda nutricional é completamente diferente”, destaca.
Segundo Haupenthal, a Vaccinar trabalha com núcleos de concentrado específicos para esta fase. Os produtos são ricos em aminoácidos, energia e têm aporte de minerais e vitaminas.
“O sucesso da formação de marrãs é medido por várias formas, uma delas é a produtividade durante a vida, mas que não é ágil. Uma forma rápida e simples que mostra o sucesso da preparação é a taxa de retenção de matrizes até o terceiro parto, quando ocorre o pico de produção de leitões e também de volume de leite. Esta taxa de retenção tem que ser superior a 70%”, diz.
Para a preparação das marrãs, um dos desafios é a primeira gestação e o parto. Como o animal ainda é jovem e está em crescimento, ele exigirá uma nutrição diferenciada que garanta o fornecimento de nutrientes para crescimento corporal, para a gestação, para a formação da glândula mamária e produção de leite.
“Na granja é difícil separar a ração das primíparas das multíparas, então, o indicado é oferecer o aporte nutricional, que pode ser feito com o Suple-Marrãs, que é um suplemento proteico, vitamínico e energético para fêmeas de primeira e segunda ordem de parto durante a lactação”.
Haupenthal explica ainda que as marrãs bem suplementadas terão uma boa capacidade de produção de leite durante a lactação. Além disso, a condição corporal é favorecida e preparada para a segunda gestação. O cuidado garante também uma boa produtividade na segunda gestação.
“É muito comum que as matrizes sofram a síndrome do segundo parto, que é ocasionada por marrãs que não foram bem nutridas e após o primeiro parto e lactação não têm condição corporal. Mesmo assim, entram no fluxo normal de cobertura e gestação. Sem as condições ideais, elas perdem produtividade em número de leitões e do volume de leite, gerando perdas”, afirma.
Para fornecer a alimentação adequada, é importante que todo o rebanho seja acompanhado. O cuidado com a nutrição e com a genética são importantes para ampliar a produtividade e permitir que o produto final chegue competitivo ao mercado.
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