Taxa de juros do Funcafé fica mantida em 11%

O Departamento de Comercialização da Secretaria de Política Agrícola do Mapa confirmou ao Conselho Nacional do Café (CNC) ontem que a taxa de juros do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2023/2024 será mantida em 11%. A remuneração do Fundo continua estabelecida em 8%, mantendo a remuneração do agente financeiro em até 3%. Os percentuais estão abaixo da taxa Selic, atualmente em 13,75%.
De acordo como presidente do CNC, Silas Brasileiro, esperava-se um voto específico para o Funcafé por ser um fundo social. “No entanto, definiu-se a manutenção da taxa que já estava sendo praticada em razão da alta Selic aplicada atualmente. Como o Banco Central não modificou a Selic, mesmo que tenha sofrido pressão para isso, o melhor cenário para o Funcafé nesse momento, é a manutenção da taxa. Além disso, o spread bancário pode ser negociado e vimos em um passado recente agentes financeiros oferecendo recursos do Funcafé a 1%. Isso quer dizer que podemos até ver produtores acessando valores a menos de um dígito ao ano. É uma taxa muito atraente, se comparada à Selic”, analisou Brasileiro.
Por mais um ano consecutivo, o Funcafé oferecerá um montante recorde de recursos aos cafeicultores. Serão ofertados R$ 6.375.469.000 no exercício de 2023/2024.
As linhas atendidas e os valores ficaram assim definidos: crédito de comercialização (R$ 2.354.992.500); crédito de custeio (R$ 1.620.190.000); Financiamento para Aquisição de Café – o FAC (R$ 1.486.536.500); crédito para capital de giro para indústrias de café solúvel e de torrefação de café e para cooperativa de produção (R$ 883.750.000). Além disso, o crédito para recuperação de cafezais danificados será no valor de R$ 30 milhões – o limite para financiamento na linha de recuperação de cafezais foi reajustado de R$400 mil para R$750 mil por mutuário, a depender do manejo a ser conduzido na lavoura.
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Agentes financeiros
Este ano, houve aumento no número de agentes financeiros para facilitar a tomada de crédito por parte dos produtores, passando de 37 para 44 – cerca de 19% de crescimento em relação ao ano passado.
“Esse aumento do número de agentes financeiros oferecendo os recursos do fundo, demonstra a credibilidade do Funcafé. Além da liderança maior do ministro Carlos Fávaro, ressaltamos a ação dos integrantes da iniciativa privada do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) que, ano após ano, colabora para o aperfeiçoamento do ‘Banco do Produtor’ para a melhor aplicação dos recursos do Funcafé”, finaliza o presidente do CNC.
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