Agronegócio

Uso de bioinsumos reduz custos em 20%

Há seis anos, grupo vem adotando material biológico em cultivo em suas fazendas, melhorando qualidade do solo e produtividade
Uso de bioinsumos reduz custos em 20%
Segundo o gestor agrícola das fazendas, Bruno Sampaio, bioinsumos são usados também no controle de pragas | Crédito: Pedro Gravata

Em busca de produzir alimentos mais saudáveis e preocupado em recuperar a saudabilidade do solo, o Grupo BMG vem adotando nas fazendas BMG Agro o uso de bioinsumos. Um dos principais retornos com o uso do material biológico é a redução dos custos em cerca de 20%, o que é obtido através da melhoria da qualidade do solo, menor necessidade de aplicação de produtos químicos e aumentos na produtividade das culturas. Em Minas Gerais, a unidade produtiva, localizada em Morada Nova de Minas, na região Central, tem a produção voltada para o cultivo de milho, feijão e soja.

Os bioinsumos são organismos vivos, como bactérias, insetos ou plantas, usados para melhorar a microbiota do solo, incrementando a fertilidade e controle de pragas e doenças nas lavouras, em substituição ou complementação ao uso de defensivos químicos (agrotóxicos) tradicionais. 

De acordo com o gestor agrícola das propriedades do Grupo BMG, Bruno Sampaio, o uso dos bioinsumos começou há cerca de seis anos. Além da aplicação no solo, também é feito controle de pragas e doenças. 

Em busca da sustentabilidade e de uma produção mais saudável, há seis anos estamos utilizando os bioinsumos. A adoção dos bioinsumos é muito importante e traz diversos  benefícios. Além de favorecer a recuperação do solo, é possível  reduzir o uso de produtos químicos, evitando a contaminação do solo e gerando alimentos mais saudáveis. Aumentar a presença de matéria orgânica e biológica no solo também ajuda a ter plantas e alimentos de melhor qualidade”, destaca.

A aplicação dos bioinsumos também traz retorno financeiro ao favorecer a recuperação da microbiota, o que reduz a necessidade de aplicação de outros produtos, principalmente, os químicos que têm preços elevados.

Com um solo de melhor qualidade, há ainda ganhos em produtividade. O material biológico também é utilizado para o controle de pragas, em detrimento dos insumos químicos.

“Entre os benefícios econômicos gerados estão a redução de custos, que fica em torno de 20%. Esta redução é resultado da melhoria da microbiota do solo, o que reduz a necessidade de aplicação de químicos. Também há ganhos em produtividade”. 

Dentre as pragas em que o controle pode ser feito também com o uso dos insumos biológicos está a cigarrinha do milho, que causa grandes prejuízos e cuja população crescente é um problema que tem atingido boa parte das lavouras de milho do País. 

“A cigarrinha dá dor de cabeça para muitos agricultores, e um insumo biológico que tem se mostrado muito eficiente é a beuaveria, aplicada também no cultivo da cana-de-açúcar”, explica.

On farm

Atualmente, os bioinsumos utilizados nas fazendas BMG Agro são comprados no mercado, uma vez que a produção nas fazendas ainda não é permitida no Brasil. Mas o plano futuro – caso a prática seja regularizada – é investir e estruturar as unidades para produzir os próprios bioinsumos.

Estão em tramitação no Congresso Nacional e no Senado projetos de leis com o objetivo de criar um marco legal, regras e também organizar e regulamentar a prática que já vem sendo adotada por alguns fazendeiros de produzir ou multiplicar seus próprios bioinsumos, a chamada prática On farm, ou na fazenda, na tradução literal do inglês.

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