Uso de drones no agronegócio leva eficiência à produção 

O uso de drones no agronegócio de Minas Gerais é crescente. A tecnologia é vista como importante ferramenta para o monitoramento das áreas produtivas e pela agilidade em identificar problemas. Além disso, o uso dos drones gera economia para os produtores, principalmente no processo de pulverização, reduzindo a necessidade de mão de obra e alcançando o alvo com maior precisão, usando, assim, menos defensivos agrícolas.

Conforme o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Caio Coimbra, o uso da tecnologia traz diversas vantagens para os produtores. Por isso, a regulamentação e fiscalização para a utilização segura da tecnologia foram tema da terceira etapa do Circuito Mineiro de Inovação Tecnológica para o Agro. O evento aconteceu na última terça-feira em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. 

Para Coimbra, abordar o uso dos drones na produção do Estado junto aos produtores é importante para estimular a adoção da ferramenta, que ajuda a levar mais eficiência para o campo. 

“O uso de drones vem crescendo em Minas Gerais. Nós temos as grandes vantagens de observação e a otimização da pulverização. Com isso, a gente tem uma maior rentabilidade, já que o custo de produção diminui. É mais econômico o produtor utilizar um drone para pulverizar, porque além de render mais, ele economiza no tempo de mão de obra humana direcionada para a questão da aplicação de defensivos”, disse Coimbra.

Uso de drones é crescente

No Estado, a adoção da tecnologia acontece em diversas culturas, mas, principalmente, nas  de grandes culturas como milho, soja e feijão. “Os drones também são usados no café, onde temos montanhas e dificuldades de aplicação mecanizada. Nestas regiões montanhosas, o drone é usado tanto na produção de café como na produção de frutas. A gente vem, cada vez mais, utilizando drones. É a tecnologia que veio para ficar”, disse Coimbra.

Conforme Coimbra, são vantagens ainda a menor utilização de defensivos agrícolas, a maior produtividade e o acesso às áreas mais íngremes. Ele explica que, no caso da pulverização, os drones são assertivos, têm menos deriva e reduzem a necessidade de mão de obra humana para aplicação. Há também ganhos em termos de produtividade porque é possível aplicar nas áreas de montanhas em menor tempo e com maior qualidade.

“A tecnologia também faz com que em regiões de difícil acesso, como montanhas, como regiões com a inclinação maior, você tenha a pulverização e o tratamento fitossanitário das plantas, o que fatalmente aumenta a produtividade e a qualidade do produto final consumidor”.

Circuito Mineiro de Inovação Tecnológica para o Agro

Levar opções de tecnologias para os produtores, segundo Coimbra, é fundamental, por isso, foi criado o  Circuito Mineiro de Inovação Tecnológica para o Agro. O objetivo é promover eventos no formato presencial em várias regiões do Estado, levando opções conforme a demanda de cada área. A iniciativa pretende levar tecnologia, primeiramente, aos produtores rurais, aos técnicos interessados da área, aos estudantes e ao público do agro no geral.

“Quando apresentamos tecnologias, o produtor, via assistência técnica, pode implementá-las na propriedade rural. Têm estudos que estimam que cerca de 66% das propriedades do Brasil não tiram um salário bruto de renda, primeiro, pela ausência de tecnologia e segundo pela falta de de assistência técnica, sendo a ausência de tecnologia com um percentual muito maior. Os dois andam juntos e a falta dos dois, somadas, representam 92% do porquê de se não tirar um salário bruto de renda”.

A estimativa, nesse primeiro ano do circuito, é de pelo menos 10 eventos. A expectativa média de público é de 200 pessoas por evento. As próximas edições serão em Buritizeiro (20/6) e Pitangui (14/8). Em Buritizeiro, o evento abordará as inovações tecnológicas nos segmentos da pecuária, soja, fruticultura e silvicultura, atividades que se destacam na região do Vale do São Francisco.