Vendas de flores devem subir 12% com Dia das Mães

O setor produtivo de flores deve apresentar resultados mais positivos no Dia das Mães deste ano. Considerada a principal data comemorativa e respondendo por cerca de 20% do faturamento do setor, o Dia das Mães promete impulsionar as vendas em cerca de 12% frente ao mesmo período do ano anterior.
A grande variedade de flores e de preços, que atendem a todo tipo de consumidor, são fatores que estimulam os negócios. Em Minas Gerais, as estimativas também são positivas, uma vez que o Estado é um importante produtor e, normalmente, segue os resultados vistos no Brasil.
Este ano, porém, alguns segmentos da floricultura ainda não conseguiram retomar totalmente a produção, como o das flores de corte. A produção deste segmento foi a mais afetada pela pandemia de Covid-19, quando a suspensão das festas e eventos provocou perdas significativas.
Logo no começo da pandemia, produtores chegaram a descartar cerca de 90% da produção por falta de demanda. Agora, com a retomada dos eventos e o Dia das Mães, a procura subiu a níveis maiores que a oferta e a consequência foi o aumento dos preços, o que pode impactar de forma negativa as vendas.
De acordo com o diretor do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Renato Opitz, que representa os produtores de flores, as vendas para o Dia das Mães foram positivas. De maneira geral, o volume de vendas no atacado, que foi finalizado na semana passada, cresceu cerca de 12%.
“O Dia das Mães é a nossa melhor data comemorativa, e, este ano, os resultados estão sendo positivos. No atacado, vendemos toda a produção”, conta.
Ainda segundo Opitz, a concretização dos resultados positivos ainda depende do desempenho das vendas no varejo. Apesar da expectativa otimista, este ano, as flores ficaram mais caras, o que pode impactar a demanda.
“A cadeia produtiva das flores foi afetada pela pandemia de Covid-19, principalmente, na produção das flores de corte. Com os prejuízos e suspensão dos eventos, os produtores mudaram de setor ou suspenderam a produção. Agora, com a retomada, é preciso tempo para que a produção se recupere. Tem flores que levam cerca de quatro meses, do plantio ao período de corte, mas outras levam até dois anos”, explica.
Mercado aquecido
O representante do Ibraflor destaca que maio, além da comemoração do Dia das Mães, é o mês das noivas e muitos casamentos que não foram realizados nos anos de pandemia estão sendo feitos agora, o que junto com a data comemorativa gerou uma demanda maior que a produção.
“Não tem como estimar o aumento de preços no segmento porque são muitas flores, tipos, regiões e locais de vendas, mas a alta é bem expressiva dependendo do produto”.
Mas, com um setor diversificado e rico em opções, as flores de vasos e as verdes são possibilidades que podem ter preços mais acessíveis e garantir as vendas para o setor. Entre as opções estão orquídeas, crisântemos e suculentas. A estimativa é que os preços das flores verdes e de vasos tenham acompanhado a inflação e estejam cerca de 12% mais caros que em 2021.
“O consumidor busca qualidade e preços e o setor tem alternativa para todos os bolsos e gostos. Também há facilidade nas compras, sejam nos supermercados, floriculturas ou on-line. Isso vai ajudar a termos um resultado positivo nas vendas voltadas para o Dia das Mães”, afirma.
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