Volume de milho diminuiu 5,8%
A concorrência com a soja na primeira safra e a redução da janela de plantio na segunda safra fizeram com que a produção total de milho em Minas Gerais encerrasse a safra 2017/18 em 7 milhões de toneladas, variação negativa de 5,8%. A área destinada à cultura do cereal ficou 8% menor, com o uso de 1,16 milhão de hectares. A produtividade média das lavouras, 6 toneladas por hectare, aumentou 2,5%.
O plantio de milho primeira safra apresentou redução de 9,2% em relação à safra anterior, passando de 909,4 mil hectares para 825,7 mil devido à preferência dos agricultores pela soja, que apresentava preços mais remuneradores no período do plantio. O atraso das chuvas também contribuiu para a redução de área, uma vez que causou estreitamento da janela de plantio. O rendimento teve incremento de 2,5% e somou 6,5 toneladas por hectare.
Na segunda safra, a área de milho foi estimada em 339,4 mil hectares, menor em 5,1% quando comparada à safra anterior. Dentre os motivos da queda estão os altos custos de produção e principalmente o atraso da colheita das culturas de verão. As condições climáticas, que estavam boas na época da semeadura, mostraram-se desfavoráveis no pós-plantio, comprometendo o desenvolvimento das lavouras. Com isso, a produção do milho safrinha caiu 2% e somou 1,69 milhão de toneladas.
Outra queda foi verificada na colheita do feijão. Na safra 2017/18, a produção mineira foi de 513,6 mil toneladas, variação negativa de 4%. A área de cultivo foi reduzida em 2,6% e encerrou em 339,2 mil hectares. Queda também na produtividade, 1,5%, com a colheita de 1,5 tonelada por hectare.
Em Minas Gerais, a área destinada à produção de trigo apresentou redução de 1,1% em relação à safra anterior, totalizando 83,7 mil hectares. A produtividade do trigo irrigado não sofreu redução significativa em razão do sistema de plantio. Já as lavouras de sequeiro foram prejudicadas por períodos de estiagem ao longo do desenvolvimento da cultura, além de altas temperaturas na fase de germinação. Com isso, a produtividade média do cereal no Estado apresentou queda de 7% quando comparada à safra 2016/17, totalizando 2,47 toneladas por hectare. É esperada retração de 8,6% na produção, que pode somar 207,2 mil toneladas.
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