Agronegócio

Zema pede oficialmente ao Mapa apoio a cafeicultores

Zema pede oficialmente ao Mapa apoio a cafeicultores
Produtores de café em Minas tiveram grandes prejuízos com geadas ocorridas no último mês | Crédito: Roosevelt Cassio/Reuters

O governador Romeu Zema e a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini, entregaram, na sexta-feira (13), para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ofício com as demandas para apoio aos cafeicultores mineiros afetados pela geada que atingiu o Estado no mês passado e as ações já conduzidas pelo Governo de Minas.  A entrega do documento foi em Brasília.

Após o encontro, o governador explicou que o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se comprometeu a destinar R$ 1,35 bilhão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) aos produtores afetados pela geada. “O Banco do Brasil também reservará um montante para atender ao setor. Além disso, o Governo de Minas dará todo suporte aos laudos para que os produtores recebam os seguros”, afirmou.

O Mapa trabalhará a parte técnica, como a definição dos juros, número de parcelas e carência. Segundo a secretária, cada produtor precisa de uma modalidade de financiamento.

“Também fizemos um pedido em relação aos investimentos realizados pelo produtor, sobretudo no setor de maquinário. Para aqueles produtores com dívidas com vencimento de curto prazo, e que perderam a lavoura, o pedido é que essas parcelas sejam suspensas e alongadas para o final do financiamento”, explicou Ana Valentini.  

Ainda de acordo com a secretária, as demandas apresentadas são resultado de uma construção coletiva, liderada pelo Sistema Estadual da Agricultura em prol do atendimento e socorro aos produtores atingidos pela geada.

Demandas de crédito e custeio -Em relação às demandas de crédito e custeio, foram solicitadas a redução da taxa de juros (inclusive do Funcafé) para o custeio da safra 2021/2022 e a liberação de linha específica de crédito para recuperação das lavouras danificadas, com carência mínima de três anos e mais sete anos para pagamento, dependendo da intensidade apontada nos laudos, e a ampliação do acesso ao crédito aos produtores atingidos pela geada.

Os produtores também solicitam liberação de crédito para outras lavouras anuais (soja e milho, por exemplo) ou atividades pecuárias, que permitam retorno financeiro rápido para os anos 2021/2022, além do alongamento dos prazos de pagamentos das parcelas de investimento, suspendendo as parcelas dos próximos três anos e a postergação para o final do contrato vigente.

Nova modalidade – Outro ponto abordado no documento é a necessidade de criação de nova modalidade de seguro rural que contemple, com prêmio subsidiado pela União, a cobertura dos prejuízos com a recuperação das áreas atingidas, a perda da produção atual causada pela geada e também as perdas de produção das safras que seriam colhidas nos anos 2022 e 2023.

A negociação de apoio de fundos nacionais e/ou internacionais para recuperação da cafeicultura, principalmente para os agricultores familiares, com recursos a fundo perdido, também está entre as demandas apresentadas, além da liberação de crédito para cooperativas e revendas de insumos para fazer frente à possibilidade de produtores não conseguirem honrar compromissos firmados para contratos nas safras a serem colhidas nos dois próximos anos. (Agência Minas)

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