Coronavírus

Produtores de etanol de Minas vão doar 60 mil litros de álcool 70

Produtores de etanol de Minas vão doar 60 mil litros de álcool 70
Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os produtores de etanol do Estado, em parceria com a empresa Start Química, de Uberlândia, irão fazer uma doação de 60 mil litros de álcool 70.

A quantidade inicial terá como destino órgãos públicos, áreas da saúde e a Polícia Militar, todos de cidades do Triângulo Mineiro, onde se concentram cerca de 70% dos produtores do item.

De acordo com o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, outras doações também serão feitas para cidades do Noroeste do Estado e da Zona da Mata. A usina Jatiboca, que fica em Urucânia, por exemplo, já se prontificou a destinar, em forma de doação, três mil litros do álcool 70 aos dois hospitais do município de Ponte Nova.

O presidente da Siamig também não descarta a possibilidade de a ação chegar a outras regiões de Minas Gerais. Para isso, entretanto, segundo Campos, é preciso contar com a ajuda de mais parceiros na questão logística e de envase.

“Temos obrigação de ajudar a combater esse vírus, que está deixando tudo em uma situação de grande crise”, destaca ele. “Conseguimos a parceria da Start Química, que vai fazer o envase do produto já neste fim de semana para iniciarmos a distribuição na segunda-feira. Estamos ajudando o máximo que podemos, de acordo com a demanda”, detalha. A Start Química, aliás, é uma das maiores produtoras de álcool em gel de Minas Gerais.

Liberação – A medida que está sendo tomada pelos produtores de etanol de Minas Gerais só foi possível depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar esse tipo de ação.

Na última quinta-feira, a entidade atendeu ao pedido da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) de liberação das usinas para produção, transporte e doação do álcool hidratado 70º INPM. Com isso, Mário Campos diz que deverá haver uma oferta bem maior do item.

“Todo mundo que tem uma indústria, que produz, tem o seu papel dentro da cadeia. Quando a gente tem algum tipo de paralisação por um problema como esse, que ninguém que está vivo hoje passou, o nosso papel é auxiliar a sociedade. Somente com esse tipo de ação iremos sair dessa mais rapidamente”, afirma ele.

De acordo com o presidente da Siamig, tanto a entidade quanto os seus associados estão muito atentos às necessidades da população. Dessa forma, estão com o compromisso de continuar a fabricar itens essenciais.

DPMG pede receita para Hidroxicloroquina

A Defensoria Pública de Minas Gerais, por meio da Defensoria Especializada de Saúde Pública, ajuizou, na sexta-feira (20), pedido de tutela antecipada para que farmácias de todo o Estado passem a exigir e reter a receita médica na compra do medicamento Hidroxicloroquina. Segundo resultados preliminares de pesquisas, mas ainda inconclusivos, a substância Hidroxicloroquina, associada ao antibiótico Azitromicina, traria benefícios no tratamento da Covid-19.

São citados na tutela antecipada o governo do Estado, o Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais e o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais para que passe a ser exigida a retenção de receita na compra por particulares, sendo os dois conselhos (de medicina e farmácia) importantes na fiscalização, divulgação e implementação da ordem judicial requerida.

A divulgação dos primeiros resultados da pesquisa provocou corrida às farmácias para compra do medicamento, também usado para tratamento de doenças autoimunes, como o lúpus. Hoje, este remédio é vendido sem receita médica.

A medida cautelar tem como argumentos o risco de desabastecimento e/ou o aumento abusivo dos preços, prejudicando a população mais vulnerável, além da possibilidade de uso indiscriminado e sem critérios médicos do medicamento, já que os testes ainda são inconclusivos.

“Conferimos o estoque de uma das principais redes de drogarias de Minas Gerais e tivemos a confirmação de que já não existia a Hidroxicloroquina para venda. Isso nos trouxe uma imensa preocupação, já que atinge diretamente aqueles que precisam e têm indicação médica para uso deste medicamento”, ressalta o defensor público Rodrigo Delage.

A ação, com abrangência em todo o Estado, baseia-se também nos princípios constitucionais que regem a obrigação do Estado de garantir o direito à vida e à integridade pessoal de todos, sem distinção, e foi assinada e idealizada em conjunto pelos defensores públicos Bruno Barcala Reis, Rodrigo Audebert Andrade Delage e Luciano Hanna Andrade Chaves. (Da Redação)

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