Justiça acolhe pedido de recuperação judicial da 123 Milhas

A Justiça de Minas Gerais aceitou o pedido de recuperação judicial feito pela agência de viagens 123 Milhas. A decisão do tribunal estadual permitirá que a empresa se reestruture financeiramente e busque soluções para suas dívidas. Todas as ações e execuções contra o grupo ficam, portanto, suspensas pelos próximos 180 dias a partir da data de publicação da decisão.
A medida foi tomada pela juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, com base na Lei nº 11.101 de 2005. O ato normativo determina a inclusão de empresas devedoras no processo de recuperação judicial. Desta forma, as empresas Art Viagens e Turismo Ltda (HotMilhas) e Novum Investimentos Participações S.A, pertencentes ao grupo 123 Milhas, também tiveram os seus pedidos acolhidos judicialmente.
A companhia, atualmente, tem R$ 16,9 milhões em dívidas trabalhistas, assim como um total de R$ 56,5 milhões somente em dívidas fiscais. Em decisão, Cláudia Batista determinou que as empresas do grupo apresentem, no prazo improrrogável de 60 dias, um planejamento de recuperação fiscal. Para isso, a juíza determinou que os escritórios de advocacia Paoli Balbino & Barros, de Belo Horizonte, e Brizola e Japur, de Porto Alegre, atuem em conjunto como administradores judiciais nas análises.
Dentre as exigências, o planejamento deve conter os extratos das movimentações das contas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, além de medidas de reparação aos clientes lesados em todo o território nacional.
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Vendas inabilitadas no site de compras
No início da semana, a plataforma de venda de passagens e pacotes da 123 Milhas ficou fora do ar. No entanto, conforme apurado pela equipe do DIÁRIO DO COMÉRCIO, o site já está reestabelecido, porém inabilitado para vendas.
*Informações atualizadas às 18h10.
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