Economia

Aço Brasil revê para baixo projeções para ano; 2023 deve “andar de lado”

Embora desempenho de 2022 esteja inferior ao inicialmente previsto, segmento é enfático ao relacioná-lo à forte base de comparação
Aço Brasil revê para baixo projeções para ano; 2023 deve “andar de lado”
Para 2023, é esperado crescimento nas vendas em torno de 2% a 3% | Crédito: Divulgação

A produção de aço brasileira deve encerrar o ano em 34,626 milhões de toneladas, enquanto as vendas internas estão estimadas em 20,189 milhões de toneladas. Já para 2023, a previsão é que a produção some 35,305 milhões de toneladas e as vendas, 20,569 milhões de toneladas. Os dados são do Instituto Aço Brasil, que revisou as previsões do ano para baixo e já admite que o setor deverá “andar de lado” no próximo exercício.

Embora o desempenho previsto para 2022 esteja abaixo dos números inicialmente projetados pelo instituto, representantes do setor são enfáticos ao atribuí-lo à elevada base de comparação. “Apesar da montanha russa que foi 2022, foi um bom ano para o setor. Tanto que, em termos de vendas internas, este foi o quarto melhor da década”, resumiu o presidente-executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.

O presidente do conselho diretor da entidade e presidente da ArcelorMittal Brasil, Jefferson de Paula, acrescentou que os últimos anos foram excelentes e que a siderurgia brasileira teve um desempenho melhor que o restante do mundo.

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“Entramos e saímos da pandemia melhor que o mundo, mas precisamos de mudanças estruturais no Brasil para que possamos crescer de forma consistente e sustentável pelos próximos exercícios”, disse.

Assim, segundo a entidade, a produção de aço bruto deverá cair 4% em relação a 2021 e as vendas 9,5%. As exportações, por sua vez, deverão totalizar 12,324 milhões de toneladas, representando alta de 12,3% sobre o ano anterior, enquanto as importações deverão chegar a 3,279 milhões de toneladas (-34,1%) e o consumo aparente a 23,323 milhões de toneladas (-11,4%).

Próximo ano

Já para o ano que vem, as 35,305 milhões de toneladas estimadas para a produção significarão avanço de 2% sobre este exercício e as vendas, 1,9%. As exportações deverão somar 12,581 milhões de toneladas (2,1%), importações, 3,353 milhões de toneladas (2,3%), e o consumo aparente, 23,673 milhões de toneladas (1,5%).

“Vamos terminar 2022 de forma muito boa e enxergamos grandes desafios para 2023. Mas, acima de tudo, temos otimismo com nosso setor e com o Brasil. O País tem oportunidades imensas e estamos sempre trabalhando forte para evoluir, produzir aços competitivos e trabalhar em consonância com o meio ambiente. Queremos ter no Brasil uma siderurgia forte e sustentável”, garantiu Jefferson de Paula.

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