Economia

Acordo é renovado em Minas para reduzir informalidade de artesãos

Estimativa do Sebrae Minas é que mais de 200 mil artesãos não tenham trabalho formalizado por falta de incentivo
Acordo é renovado em Minas para reduzir informalidade de artesãos
Objetivo da parceria é dar impulso com incentivo | Crédito: Secult

A economia criativa está em constante crescimento. A pandemia de Covid-19 fez com que esse cenário evoluísse ainda mais em Minas Gerais. O Estado concentra um dos maiores mercados de produção artesanal do País. O volume em relação à quantidade de trabalhadores que dependem deste tipo de atividade econômica torna até difícil de ser apurado, devido à alta informalidade. Quem explica esse contexto é o diretor-técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Minas), Douglas Cabido.

Ele conta que, nesta semana, foi renovado um acordo entre o Sebrae Minas e o Governo de Minas para reverter essa realidade. Trata-se de uma parceria que já existe há anos, porém, teve um intervalo jurídico na renovação por conta da pandemia, mas, segundo ele, as ações de apoio não pararam nesse tempo.

“Temos muito para avançar na agenda de fortalecimento dos artesãos mineiros. O Sebrae vai dar todo o suporte para o governo ao que for necessário”, diz Douglas Cabido, ao destacar que cerca de 10 mil artesãos já foram formalizados com os esforços entre as duas instituições em anos anteriores.

Ele elenca que a junção em acordo prevê estabelecer o fomento ao empreendedor da economia criativa. Especificamente ao artesão mineiro, segundo ele, as regiões onde mais se concentram profissionais do ramo são Vale do Jequitinhonha e Mucuri, Norte do Estado, assim como o Sul de Minas.

“Pretendemos criar mais canais de venda, estabelecer a qualificação de todos eles por meio da formalização. Outro mecanismo técnico é a melhoria da qualidade dos produtos e da inserção num programa nacional que é o Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (Sicab). Por esse programa, os artesãos podem participar, de maneira acessível, de feiras e exposições de artesanato em vários lugares do País”, disse o diretor-técnico do Sebrae Minas.

Pela parte do Estado, estão previstos investimentos cujos valores são definidos isoladamente para cada ação que for executada ao longo dos três anos, prazo para o fim do acordo renovado. A intenção é que, após esse período, mais municípios mineiros sejam contemplados com a parceria, assim como a ampliação de artesãos no banco de cadastros do Estado.

Exposição “Joias da Mineiridade”

Uma das ações já em andamento no calendário de eventos é a exposição “Joias da Mineiridade”. Para formar a grade de expositores, 24 artesãos mineiros que venceram a 5ª edição do Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato, realizado no ano passado, foram chamados.

Com visitação gratuita, a feira que começou dia 30 de março se estende até 30 de abril. A visitação acontece de terça a sexta-feira, das 12h às 18h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h, no Centro de Arte Popular, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Outras dezenas de eventos estão previstos para acontecer ainda neste ano.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas