Previsto para 2025, aeródromo de Sete Lagoas vai receber aviões a jato

O aeródromo de Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais, vai receber aviões a jato. O interesse de uma indústria aeronáutica em se instalar no aeroporto previsto para operar em meados do ano que vem, proporcionou uma alteração no projeto inicial e vai ampliar a sua usabilidade.
Conforme o Diário do Comércio publicou em julho deste ano, havia uma expectativa da pista operar ainda em 2024, mesmo sem asfalto. Porém, o interesse desta nova empresa – cujo nome ainda não pode ser divulgado – em se instalar no aeródromo proporcionou uma alteração no projeto.
“Estamos com a perspectiva de fazer uma pista ainda maior do que foi projetada inicialmente. Então, adiamos o início das obras, mas está tudo muito bem caminhado. A empreiteira já está contratada e a gente só não vai conseguir fazer agora porque entramos no período de chuva”, disse o presidente do Grupo Veredas, Rodrigo Ribeiro Barbosa, responsável pelas obras.
Conforme o executivo, assim que “der uma estiada” as obras começam. A pista que, anteriormente, estava prevista para ter 1.400 metros, agora, terá 1.800 metros para receber aviões a jato, uma demanda da empresa interessada.
“Com essa ampliação, a gente vai poder atender uma aviação que usa aviões a jato e não só turboélices”, pontua Barbosa.
Saiba mais sobre o aeródromo Campo de Bagatelle
O aeródromo batizado de Campo de Bagatelle ocupará uma área total de 76 hectares (760 mil m²), e já foi autorizado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Inicialmente, o empreendimento deve receber 70 aeronaves de “asa fixa”, e a previsão é que 200 aeronaves circulem no aeroporto.
Localizado às margens da rodovia MG-238, dentro do loteamento empresarial Eco 238, outro empreendimento do Grupo Veredas, o aeroporto está próximo a grandes empresas como AmBev, Iveco e Ompi do Brasil e pretende aproveitar também a demanda provocada pelo fechamento do aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte.
“Nossa expectativa é realmente ter uma demanda muito expressiva, com empresas de táxi aéreo, oficinas para aeronaves e empresas que fazem upgrade em equipamentos aeronáuticos. E essa montadora que está nos pedindo um terreno de 8 mil metros quadrados”, detalha Barbosa.
Ainda de acordo com informações do presidente do Grupo Veredas, com a ampliação da pista, os investimentos também serão incrementados, passando para a casa dos R$ 22 milhões.
Esta verba será destinada à construção da pista e de toda a infraestrutura aeroportuária. Ainda estão previstos R$ 7 milhões para a construção de dois hangares de 1 mil metros quadrados cada para o início das operações.
Projeto também conta com loteamento residencial em Sete Lagoas
Além do aeródromo e do loteamento empresarial que já conta com nove empresas, o projeto contempla um loteamento de casas tipo fly-on (conceito de casa com hangar em condomínios aeronáuticos), para que aviões possam se deslocar até as garagens das casas.
Os lotes do condomínio de casas serão de 2 mil metros quadrados, e essa etapa do projeto será lançada no ano que vem.
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