Economia

Aeroporto Internacional de BH inova com serviço de ground handling sustentável

Operações em solo usarão veículos elétricos com infraestrutura para carregamento de energia; serão mais de R$ 30 milhões investidos
Aeroporto Internacional de BH inova com serviço de ground handling sustentável
Aeroporto de Confins Crédito: BH Airport / Divulgação

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, localizado em Confins, na RMBH, começa hoje a operar o serviço de “ground handling” (ou operações de solo) com veículos elétricos.

A partir de um investimento conjunto superior a R$ 30 milhões realizado pela Latam Brasil, a empresa Real Aviation e a administradora do terminal, BH Airport, o aeroporto vai contar, inicialmente, com 10 voos da companhia aérea com operações de solo realizadas por equipamentos movidos a energia elétrica em vez de diesel, com zero emissão de poluentes e totalmente sustentáveis.

Trata-se de um projeto piloto da Latam, que pretende levar a iniciativa para outros aeroportos do Brasil e do mundo nos próximos anos. Em Confins, a meta é converter as operações em 100% dos voos até o final de 2023.

Com os investimentos, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte torna-se o primeiro aeródromo da América Latina a implementar a operação de ground handling 100% elétrica para voos de uma companhia aérea. A Latam, por sua vez, foi a primeira empresa do Brasil a utilizar 100% de energia elétrica em operações de solo.

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De acordo com o diretor de Aeroportos da Latam Brasil, Derick Barboza, os esforços contemplam pelo menos 50% dos voos da empresa em Belo Horizonte e vai permitir com que a companhia deixe de emitir 114 toneladas de gás carbônico (CO2) nos próximos 12 meses no principal aeroporto do Estado. Segundo ele, este é um importante passo rumo ao objetivo maior da Latam de se tornar uma empresa carbono neutro até 2050. 

“A empresa assumiu o compromisso perante a sociedade de ser uma empresa mais sustentável e preocupada com o meio ambiente. Mas isso não ocorre da noite para o dia e precisa de uma série de implementações. Estamos confiantes no sucesso dessa ação e esperamos inspirar outras empresas e parceiros a adotarem a mesma prática. Em Belo Horizonte, a meta é ter 100% dos voos (o equivalente a 25 voos diários futuramente) com operação de solo elétrica até o final de 2023”, explica.

Para isso, os rebocadores, tratores de bagagens e esteiras para carregamento de bagagens utilizados pela Real Aviation nas operações da Latam serão todos elétricos. Neste momento foram adquiridos cinco equipamentos. Alguns vieram da França e outros da China.

“São um rebocador, dois tratores de bagagens e duas esteiras para carregamento de bagagens. É uma tecnologia que veio para ficar”, completa o CEO da Real Aviation, Adriano Bruno.

O gestor de operações e segurança da BH Airport, Robson Freitas, por sua vez, destaca os investimentos realizados em infraestrutura para oferecer os pontos de energia para o carregamento dos veículos no aeroporto. Segundo ele, grande parte dos R$ 30 milhões incluiu a construção de uma subestação e a instalação de equipamentos próprios para suportar a operação.

“Este é um momento histórico na aviação. A BH Airport se identifica com esse tipo de projeto, pois está bem alinhado com nossa estratégia corporativa para que o aeroporto seja considerado como um Aeroporto Verde, conforme certificação internacional de Aeroportos da América Latina. Já temos algumas certificações internacionais de sustentabilidade e esse tipo de operação contribui para alcançarmos outras”, afirma.

DC Responde

O que é Ground Handling?

Ground Handling é o mesmo que atendimento de rampa. São todos os serviços prestados em terra para apoio às companhias aéreas, por meio de aeronaves, passageiros, bagagens e cargas durante a chegada e a partida em um aeroporto. Estes serviços podem ser prestados pelos próprios aeroportos ou por empresas terceirizadas.

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