Economia

Airbus compra fatia restante do governo de Minas na Helibras

Negociação de participação na fabricante de helicópteros, no entanto, não deverá impactar as operações da companhia no Estado
Airbus compra fatia restante do governo de Minas na Helibras
Fatia foi vendida por R$ 95 milhões | Crédito: Gil Leonardi/Imprensa-MG

A participação do governo de Minas Gerais na Helicópteros do Brasil S.A (Helibras), única fabricante de helicópteros para o uso civil e militar da América Latina, instalada em Itajubá (Sul do Estado), chegou ao fim. Os 15,51% que o Executivo mineiro ainda detinha do capital social do negócio, via Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), foram vendidos por R$ 95 milhões para a Airbus Helicopters – acionista controladora da empresa.

A alienação das ações da Helibras faz parte das iniciativas do Programa de Gestão de Portfólio da Codemge, que reavalia a carteira de ativos da companhia, visando a maior eficiência, economicidade e retorno para Minas Gerais.

A negociação, no entanto, não deverá impactar as operações da companhia no Estado. O próprio presidente da Airbus, Gilberto Peralta, afirmou que a Helibras tem um compromisso com Minas Gerais.

“Não sairemos do Estado. Itajubá tem uma grande contribuição nos negócios, como a formação de mão de obra especializada, segurança e na formação do Arranjo Produtivo Local de Asas Rotativas e de Defesa”, disse.

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O governador Romeu Zema (Novo), por sua vez, garantiu que, mesmo com a saída do negócio, o Governo de Minas continuará parceiro da empresa. “A Helibras é uma empresa que trabalha com um alto nível de tecnologia e entrega um produto de elevado valor agregado. Daí a importância para o desenvolvimento econômico do Estado”, ressaltou durante a solenidade de assinatura do livro de ações.

Alienação já estava nos planos desde 2020

Já o diretor-presidente da Codemge, Thiago Toscano, revelou que a alienação vinha sendo estudada desde 2020, mas que o contrato impunha algumas restrições, o que acabou por dificultar um pouco o processo. Até que, há cerca de cinco meses, o governo recebeu a proposta da própria Airbus.

“Entendemos que não é papel do governo ser fabricante de helicópteros. Mais ainda quando se trata de uma empresa que a Codemge realizou investimentos, mas que, desde então, só recebeu dividendos por duas vezes”, revelou.

A participação da Codemge na Helibras teve início em 2015, quando a estatal mineira investiu R$ 42,5 milhões.

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