Ajinomoto inaugura centro de distribuição em Extrema

A Ajinomoto do Brasil inaugurou um novo centro de distribuição (CD), em Extrema, no Sul de Minas Gerais. Com 11 mil metros quadrados, o galpão tem capacidade para 11 mil paletes, com possibilidade de expansão, e deve suportar as operações até 2030.
Com a inauguração, a marca passa a ter três centros de distribuição no Brasil. Os outros estão localizados em Limeira, no interior de São Paulo, mesma cidade onde está a unidade fabril da empresa; e em Marechal Deodoro, em Alagoas, no Nordeste do País. A Ajinomoto ainda conta com o auxílio de três brokers (centros de distribuições menores e terceirizados) que atendem as regiões metropolitanas de Porto Alegre, Belo Horizonte e o estado do Mato Grosso.
No Brasil há 68 anos, a empresa de origem japonesa é referência na produção de aminoácidos e detentora de marcas como a Sazón, Mid e Vono. A inauguração faz parte dos planos de expansão da companhia que pretende crescer na casa de dois dígitos até 2030, conforme informa o diretor de logística da Ajinomoto do Brasil, Fabricio Antonio da Silva.
Para atingir esta meta, uma das medidas tomadas pela empresa foi o replanejamento das distribuições logísticas. Conforme esclarece Silva, o novo CD ficará responsável por 40% dos volumes de vendas da divisão de negócios ‘food’ da empresa. Outros 30% continuarão em Limeira (SP), 25% em Marechal Deodoro (AL) e 5% dispersos em operações menores pelo País.
De acordo com o executivo, a empresa já trabalhava no projeto há alguns anos e a inauguração do CD de Extrema é a concretização da primeira fase. “Estamos liberando espaço no CD de Limeira para que a gente consiga absorver algumas operações que hoje são externas e que queremos interiorizá-las”, diz.
A escolha pela cidade do Sul de Minas, além dos incentivos fiscais, está relacionada com a proximidade com a capital paulista, fator que contribui para o gerenciamento de estoque e movimentação de mercadorias pelo País.
“Isso é estratégico para nós. Estamos a 120 quilômetros de São Paulo e grande parte de nossos clientes que eram atendidos por Limeira passarão a ser atendidos por Extrema”, conta. Com essa alteração, a empresa pretende aumentar a performance do setor de logística e a velocidade do atendimento ao cliente.
A possibilidade de novas inaugurações serão avaliadas de acordo com o desempenho do novo formato logístico e da evolução da empresa e das vendas nos próximos seis anos. “O planejamento inicial é até 2030, mas com o tempo poderemos fazer novos ajustes e até fazermos novas inaugurações”, explica.
Extrema: casa dos galpões
Entre a Serra da Mantiqueira e o corredor rodoviário da Fernão Dias, a cidade Extrema poderia ser apenas mais uma cidade do Sul de Minas. Entretanto, o programa de incentivos fiscais para atrair investimentos para o Estado e o boom das vendas eletrônicas, tornaram Extrema a cidade dos galpões ou a “casa do e-commerce”.
De acordo com o prefeito da cidade, João Batista da Silva (União Brasil), Extrema detém 25% do comércio eletrônico brasileiro. “As grandes marcas do comércio eletrônico deram visibilidade ao município, um a cada quatro produtos vendidos no e-commerce brasileiro sai de um centro de distribuição da cidade, que conta com 48% de todos os armazéns logísticos do Estado”, destaca.
Porém, a proximidade com São Paulo, Campinas e Jundiaí atraiu também a indústria. Dados fornecidos pela prefeitura mostram que a cidade é o segundo polo industrial do Estado, com mais de 8 mil CNPJs ativos, sendo mais da metade, sendo microempreendedor individual (MEI), com 4.102.
Além disso, em 2023, a cidade foi considerada a maior geradora de empregos do Sul de Minas Gerais, sendo o setor industrial responsável por 41% dos postos de trabalho. Serviços por outros 41% e o comércio por 16%.
A cidade é a primeira do Sul de Minas e a 21ª no Brasil no ranking do PIB per capita. Em 2010, o PIB per capita era de R$ 66.780,00 e em 2019 foi para R$ 362.591,97, um crescimento de 442% em 11 anos. Acompanhando o desenvolvimento, a população da cidade aumentou mais de 80% nos últimos anos. Passando de 28,5 mil habitantes em 2010 para 53,4 mil em 2022.
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