Alcoa lança hidrato de baixo carbono

A unidade de Poços de Caldas, no Sul de Minas, da Alcoa, reduziu em 20% as emissões de carbono nos primeiros quatro meses do ano. O resultado, conforme a companhia, que é uma das líderes na produção de alumínio no País, é reflexo de investimentos constantes em inovação, como a alumina NMA (Non-Metallurgical Alumina), material conhecido também como hidróxido de alumínio ou hidrato de baixo carbono.
Conforme a empresa, é a primeira alumina não metalúrgica do mundo a ganhar o selo de baixo teor de carbono. O selo Sustana EcoSource comprova que o produto tem intensidade equivalente de dióxido de carbono (CO2e) inferior a 0,6 tonelada por tonelada de hidrato produzido, abaixo da média do mercado, incluindo os escopos 1 e 2 da mineração de bauxita e refino.
Além disso, as caldeiras da refinaria, movidas a energia elétrica, gerada por hidrelétricas, reduzem a emissão em 5,6 vezes na comparação com as operadas a gás natural.
O material foi lançado oficialmente ontem durante a 51ª edição do Congresso Nacional de Saneamento da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), que começou dia 18 e vai até sexta (22), no Centro Nacional Inn de Convenções (Cenacon), em Poços de Caldas.
“O EcoSource faz parte da família Sustana™ da Alcoa, a mais completa linha de produtos com baixa pegada de carbono do setor, por ser a única a incluir hidrato, alumínio primário e alumínio com conteúdo reciclado”, explica a diretora comercial da Alcoa para Américas e Ásia, Juliana Marques.
Exclusividade
A executiva explica que a unidade de Poços de Caldas, com pioneirismo global, é a única a produzir a alumina não metalúrgica com selo Sustana EcoSource no Brasil. Ela observa que a Alcoa produz também na Austrália e na Espanha.
De acordo com ela, mais de 60% do hidrato de baixo carbono é destinado às empresas de coagulantes para tratamento de água – industriais e estações de tratamento para população – em todo Brasil, além de aplicação na indústria de plásticos e catalisadores utilizados no setor de petróleo.
O hidrato de baixo carbono também é usado como insumo para a fabricação de vidros. “A alumina NMA com selo Sustana EcoSource é um dos resultados da aplicação de uma agenda forte e consistente de ESG no País”, frisa a diretora.
Para o diretor de operações da Alcoa em Poços de Caldas, Fabio Martins, com o lançamento oficial do hidrato certificado, os clientes poderão mostrar que colocam em prática processos sustentáveis. “Mais do que resultado de investimentos em boas práticas de ESG (governança ambiental, social e corporativa), esta conquista fortalece o nosso objetivo de reinventar a indústria do alumínio para um futuro mais sustentável”, frisa.
Nos últimos dois anos, a companhia investiu R$ 1,3 bilhão em projetos para a utilização de energia proveniente de fontes renováveis em suas operações nas unidades de Poços de Caldas, e de Alumar, no Maranhão, conforme divulgado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, em junho deste ano.
De acordo com informações da companhia, o investimento em transição energética, via substituição de combustíveis fósseis por renováveis, faz parte do objetivo de reduzir gases de efeito estufa (GEE) para alcançar Net Zero em 2050 e, ao mesmo tempo, entregar produtos cada vez mais verdes.
As iniciativas da Alcoa atestam os compromissos da companhia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). As ações se alinham ao Movimento Minas 2032 (MM2032) – pela transformação global, liderado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO. O MM2032 propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável.
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