Alexandre Kalil volta a proibir público em estádios e explica Feira Hippie

Durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (23), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), prestou esclarecimentos sobre a nova proibição de público em estádios após o descumprimento de regras sanitárias que envolveu os eventos-testes com a presença de torcedores em jogos de futebol sediados na capital mineira.
As partidas, ocorridas nos últimos 18 e 20 de agosto, em jogos do Atlético e Cruzeiro, respectivamente, foram palco de diversas cenas de aglomerações e de pessoas que não utilizavam o item básico de segurança: a máscara. Com a repercussão dessas atitudes, a Prefeitura de Belo Horizonte voltou atrás na sua decisão de liberar gradativamente o público nos estádios.
Conforme afirmado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD), alvo de ataques pessoais após a proibição, a liberação do público foi um pedido dele ao Comitê de Enfrentamento à Covid-19 e não houve pedido de dirigentes de clubes pela reabertura. “As torcidas e a população têm que saber que nós abrimos o futebol unilateralmente. Depois que nós decidimos que o futebol merecia uma chance, nós chamamos o clube para colocar os protocolos, que, infelizmente, deu no que deu”, afirmou o prefeito, referindo-se às cenas do jogo do Atlético.
Ainda segundo o prefeito de Belo Horizonte, antes da partida disputada pelo Cruzeiro, os protocolos foram revistos e houve mais fiscalização. No entanto, conforme palavras de Alexandre Kalil, a tentativa “fracassou novamente”. Apesar do fechamento, o prefeito esclareceu, ainda, que a abertura é momentânea.
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“Gostaria de esclarecer que esse fechamento não é ad aeternum (para sempre). É uma atitude que nós tentamos, antes do Brasil todo, com a boa fé de aproveitar a boa fase do Atlético e a recuperação do Cruzeiro e do América. A gente sabe o que é o calor humano dentro do estádio”, explicou o prefeito.
Ainda segundo o prefeito, novas liberações irão depender dos números de casos em Belo Horizonte e da observação e estudo de protocolos de distanciamento, que estão sendo revistos pela Prefeitura e pelo Comitê após os eventos-testes.
Feira Hippie e o prefeito
Em relação à comparação feita pelo presidente do Atlético, Sérgio Coelho, em live, que apontava a Feira Hippie como local de aglomerações, o prefeito Alexandre Kalil respondeu que “da Feira Hippie dependem 2.300 famílias”. “A grande diferença de agradar um público de 4.000 em um jogo, é que são 2.300 famílias tentando se alimentar desesperadamente”, afirmou.
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