ALMG garante recursos para pesquisa de vacina contra Covid-19 da UFMG

A destinação de recursos para a continuidade da pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) referente à vacina contra a Covid-19 foi garantida pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Agostinho Patrus (PV), em Reunião Especial de Plenário nesta quarta-feira.
A reunião foi destinada a ouvir a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, sobre os estudos em andamento na universidade relacionados ao desenvolvimento e à produção de vacina contra o novo coronavírus.
Agostinho Patrus destacou que tramita na ALMG o Projeto de Lei (PL) 2.508/21, do governador Romeu Zema, o qual autoriza a utilização de recursos oriundos de acordo judicial firmado com a Vale para a reparação de danos causados pelo rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que matou 272 pessoas em janeiro de 2019.
Ele se comprometeu a incluir, por meio de uma emenda ao projeto de lei em questão, a destinação do valor de R$ 30 milhões necessário para as fases 1 e 2 dos testes neste ano. A proposição cumpre prazo para apresentação de emendas na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.
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“Vamos reduzir ações pouco efetivas para este momento que vivemos contidas no projeto e exigir que o repasse para o desenvolvimento da vacina seja feito ainda neste ano e não haja nenhuma interrupção dos estudos. Esperamos que as mortes ocorridas em razão do rompimento da barragem não tenham sido em vão e tragam possibilidade de vida”, defendeu.
Repasse
Agostinho Patrus acrescentou que vai pedir para que a emenda seja assinada por todos os parlamentares da ALMG. Segundo ele, a partir desta quinta (15), as equipes técnicas da ALMG e da UFMG já poderão trabalhar juntas nas questões relacionadas ao repasse de recursos.
“A vacina é nossa solução para reduzir o sofrimento das pessoas, para garantir o retorno seguro das atividades econômicas e para assegurar, acima de tudo, a vida”, destacou.
A reitora da UFMG enfatizou a relevância dos recursos para a continuidade dos estudos. Ela disse que a UFMG vai sofrer, neste ano, corte de R$ 40 milhões no seu custeio, o que corresponde a 18,9% do seu orçamento, o que inviabilizaria o projeto.
Sandra Goulart falou sobre a vacina identificada como “quimera proteica”, que está em estágio mais avançado entre outras seis pesquisadas pela UFMG e parceiros e é também uma das três em desenvolvimento mais adiantadas no País. “Chegamos a um ponto em que não podemos parar”, afirmou.
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