ALMG quer esclarecimentos sobre venda de sede da Cemig

A Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pediu esclarecimentos sobre a tentativa de venda do edifício-sede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Assim como a estatal mineira que vem, já há alguns anos, adotando uma série de medidas com vistas a um equilíbrio financeiro da companhia, a Fundação Forluminas de Seguridade Social (Forluz) – empresa de Seguridade Social dos funcionários da Cemig – também tem buscado processos e alternativas para melhoria da eficiência operacional.
Uma das medidas diz respeito à venda edifício Júlio Soares, localizado na avenida Barbacena, na região Centro-Sul. À venda desde 2018, este ano o empreendimento recebeu proposta consistente, mas que não foi concretizada.
É o que disse, por meio de nota, a Forluz. “A entidade recebeu proposta para compra do edifício Júlio Soares, e que foram seguidos todos os ritos de governança previstos na legislação e políticas internas. Os Órgãos de Governança da Fundação aprovaram a continuidade das negociações para a concretização da venda. Entretanto, não houve sucesso nas tratativas para conclusão da operação, que foi encerrada. O imóvel ainda possui vários anos de contrato de aluguel com a Cemig”, consta no documento.
Ainda assim, de autoria do deputado Ulysses Gomes (PT), o requerimento protocolado na ALMG quer esclarecer o processo. Para isso, pede informações sobre avaliação do Conselho quanto à pertinência do negócio neste momento do mercado imobiliário, bem como sobre o valor avaliado e os responsáveis por esse cálculo.
O parlamentar também pediu dados sobre o corretor da venda e a quantia que este receberá pela corretagem do imóvel. Questionou ainda se houve algum tipo de concorrência ou se foi realizada a venda direta a um determinado comprador, o qual deverá ser identificado, conforme o requerimento.
Ulysses Gomes quer esclarecer a justificativa para a adoção dessa modalidade de venda, qual o valor pago e a forma de pagamento (no caso de já ter sido efetuado o negócio). Por fim, questiona se o contrato de aluguel com a Cemig continua vigorando e até quando isso ocorrerá.
Investimento – Na mesma nota, a Forluz justificou que é proprietária do edifício e que a construção do mesmo foi realizada com os recursos dos participantes, há mais de 40 anos, com o objetivo rentabilizar o valor investido visando o pagamento presente e futuro de benefícios de complementação de aposentadoria.
A Fundação informou ainda que possui uma carteira de ativos diversificada e que permanentemente é avaliada pelo seu qualificado corpo técnico, Comitê de Investimentos, Diretores e Conselheiros com o propósito de buscar, no tempo preciso, o casamento entre seus compromissos e seus ativos, de tal forma a honrar suas obrigações junto aos participantes.
“Pelos estudos realizados pela Forluz, o plano de previdência ao qual esse investimento pertence, já indica a necessidade de aumento de liquidez, ou seja, a necessidade de venda desse ativo para cumprir com essas obrigações”, argumentou.
A Fundação ressaltou, por fim, que está entre as dez maiores entidades fechadas de previdência complementar do Brasil em patrimônio e possui um rígido processo de governança, fiscalizado permanentemente pela Previc – Superintendência Nacional de Previdência Complementar. A Fundação é uma das poucas empresas do País com certificação em Gestão de Riscos ISO 31000.
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