Alta na gasolina pode chegar a R$ 1 nas bombas com volta de tributos federais

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) divulgou, nesta quarta-feira, uma nota a respeito do possível retorno da cobrança dos tributos federais incidentes sobre os combustíveis. De acordo com o texto, “a previsão aproximada de aumento com a volta do PIS, Cofins e Cide pode chegar até a R$ 1 para a gasolina, R$ 0,50 no etanol e R$ 0,40 no diesel”.
Segundo o Minaspetro, a reoneração que pode ocorrer a partir de 1º de janeiro “acende um sinal de alerta para o mercado”. Eles afirmam que “ainda não há como mensurar precisamente quanto e como será o repasse que será recebido pelos postos, o último elo da complexa cadeia de produção e venda de combustíveis”.
O sindicato que representa os revendedores de combustíveis também ressalta no texto que “a indecisão do governo sobre estender a isenção gera falta de previsibilidade para consumidores e empresariado”. Conforme eles, “é preciso uma comunicação mais clara para a população, para que todos os clientes entendam que o revendedor não é o culpado pela alta”.
Ainda em nota, o Minaspetro salienta que “o varejo de combustíveis é um dos segmentos mais competitivos do País e historicamente tem repassado os descontos das recentes mudanças no regramento tributário”.
O possível retorno dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis foi sinalizado na terça-feira (27) pelo futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, o governo eleito, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), precisa de mais tempo para avaliar os impactos da isenção, que pode ser retomada no futuro. Se concretizada a decisão, a desoneração termina no próximo dia 31 de dezembro e o consumidor já poderá sentir os efeitos no início de 2023.
O corte dos tributos foi feito pelo atual governo, de Jair Bolsonaro (PL). A iniciativa visava a conter a escalada de preços decorrentes de alguns fatores, sobretudo, pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Para que a medida seja prorrogada para o ano que vem, é necessária a edição de uma medida provisória, o que não deve ocorrer neste momento.
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