Economia

Alta na gasolina pode chegar a R$ 1 nas bombas com volta de tributos federais

Possível retorno dos impostos que incidem sobre os combustíveis foi sinalizado na terça pelo futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Alta na gasolina pode chegar a R$ 1 nas bombas com volta de tributos federais
Crédito: Paulo Whitaker/Reuters

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) divulgou, nesta quarta-feira, uma nota a respeito do possível retorno da cobrança dos tributos federais incidentes sobre os combustíveis. De acordo com o texto, “a previsão aproximada de aumento com a volta do PIS, Cofins e Cide pode chegar até a R$ 1 para a gasolina, R$ 0,50 no etanol e R$ 0,40 no diesel”.

Segundo o Minaspetro, a reoneração que pode ocorrer a partir de 1º de janeiro “acende um sinal de alerta para o mercado”. Eles afirmam que “ainda não há como mensurar precisamente quanto e como será o repasse que será recebido pelos postos, o último elo da complexa cadeia de produção e venda de combustíveis”. 

O sindicato que representa os revendedores de combustíveis também ressalta no texto que “a indecisão do governo sobre estender a isenção gera falta de previsibilidade para consumidores e empresariado”. Conforme eles, “é preciso uma comunicação mais clara para a população, para que todos os clientes entendam que o revendedor não é o culpado pela alta”. 

Ainda em nota, o Minaspetro salienta que “o varejo de combustíveis é um dos segmentos mais competitivos do País e historicamente tem repassado os descontos das recentes mudanças no regramento tributário”.

O possível retorno dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis foi sinalizado na terça-feira (27) pelo futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, o governo eleito, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), precisa de mais tempo para avaliar os impactos da isenção, que pode ser retomada no futuro. Se concretizada a decisão, a desoneração termina no próximo dia 31 de dezembro e o consumidor já poderá sentir os efeitos no início de 2023. 

O corte dos tributos foi feito pelo atual governo, de Jair Bolsonaro (PL). A iniciativa visava a conter a escalada de preços decorrentes de alguns fatores, sobretudo, pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Para que a medida seja prorrogada para o ano que vem, é necessária a edição de uma medida provisória, o que não deve ocorrer neste momento. 

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