Preços dos imóveis em BH disparam no 3º trimestre; confira os bairros que mais valorizaram
Os preços dos imóveis à venda em Belo Horizonte subiram no terceiro trimestre de 2025, segundo levantamento da empresa de tecnologia e serviços financeiros Loft. A análise, que comparou os dados do primeiro e do terceiro trimestres, identificou aumento expressivo em diferentes regiões da cidade, com destaque para os bairros Paquetá, São Luiz e Santa Terezinha.
O Paquetá liderou o ranking, com valorização de 50% e preço médio de R$ 921 mil no fim do terceiro trimestre. No São Luiz, os valores subiram 41%, chegando a R$ 2,47 milhões. O Santa Terezinha completou o Top 3, com alta de 39% e tíquete médio de R$ 573 mil.
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Segundo o gerente de Dados da Loft, Fábio Takahashi, a valorização nos dois bairros próximos à Lagoa da Pampulha chama a atenção. “O preço médio dos imóveis anunciados para venda no Paquetá pode ultrapassar R$ 1 milhão ainda este ano. No São Luiz, subiu de R$ 1,7 milhão em janeiro para R$ 2,4 milhões em setembro”, afirmou.
Takahashi explica que os dados do terceiro trimestre indicam alta em bairros de perfis distintos. “Na lista dos dez com maior valorização, temos preços médios entre R$ 500 mil e R$ 2,8 milhões, o que mostra que o movimento não se restringe a uma única região da cidade ou padrão construtivo”, disse.
Outros bairros registraram perdas
Entre os bairros com queda nos preços, Floresta (-18%), São Pedro (-14%) e Anchieta (-1%) registraram as maiores retrações. “Diversos fatores econômicos e urbanos podem impactar o mercado imobiliário, inclusive características como metragem e número de quartos. No caso do Floresta e do São Pedro, observamos também uma redução na metragem média dos imóveis anunciados, o que contribui para a queda nos valores”, completou Takahashi.
Mesmo com o aumento expressivo, os bairros que mais se valorizaram não figuram entre os mais caros de Belo Horizonte. O Belvedere manteve a liderança em preço médio, com imóveis anunciados a R$ 3,66 milhões, seguido por Bandeirantes (R$ 2,85 milhões) e São Luiz (R$ 2,47 milhões). Já os menores tíquetes foram observados em Piratininga (R$ 395 mil), Palmeiras (R$ 536 mil) e Manacás (R$ 564 mil).
“A diferença entre os extremos é grande: enquanto o Belvedere passa de R$ 3,6 milhões, em bairros como Piratininga os imóveis custam menos de R$ 400 mil. Esse contraste ajuda a dimensionar como o mercado de Belo Horizonte acomoda perfis variados de compradores”, avaliou o gerente.
O estudo da Loft considerou 48 mil anúncios ativos nas principais plataformas digitais e analisou apenas bairros com mais de 300 imóveis listados, garantindo consistência estatística.
Ranking dos bairros com maior valorização (3º trimestre de 2025)
| Bairro | Tíquete médio | Variação | Área média (m²) |
| Paquetá | R$ 921.434 | +50% | 147 |
| São Luiz | R$ 2.472.229 | +41% | 440 |
| Santa Terezinha | R$ 573.435 | +39% | 141 |
| Estoril | R$ 829.163 | +37% | 120 |
| Bandeirantes | R$ 2.857.489 | +36% | 467 |
Bairros com menor valorização
| Bairro | Tíquete médio | Variação | Área média (m²) |
| Floresta | R$ 1.060.600 | -18% | 163 |
| São Pedro | R$ 1.176.408 | -14% | 107 |
| Anchieta | R$ 625.180 | -1% | 138 |
| Copacabana | R$ 625.180 | +1% | 136 |
| Carmo | R$ 625.180 | +2% | 107 |
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