Aluguel comercial sobe em BH, mas segue sendo o mais barato do Brasil; veja os bairros mais caros

O preço médio do aluguel dos imóveis comerciais em Belo Horizonte subiu 0,74% em março, na comparação com fevereiro, fechando o mês a R$ 32,66 o metro quadrado (m²). Apesar da alta, o valor é o mais baixo entre as cidades analisadas pelo Índice FipeZap de Venda e Locação Comercial.
O estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em anúncios veiculados nos portais Zap Imóveis e Viva Real, também aponta para uma variação positiva de 1% no acumulado do ano. Além disso, o indicador da capital mineira subiu 7,54% nos últimos 12 meses.
A Capital também apresentou a segunda menor taxa de lucratividade de um imóvel comercial ao longo do tempo (rental yield), com uma variação positiva de 0,52% ao mês (a.m.) e de 6,25% ao ano (a.a.). A cidade de Curitiba registrou a taxa mais baixa (5,73% a.a.) do levantamento.
Dentre os distritos e bairros de Belo Horizonte analisados pelo índice, o principal destaque foi a Savassi, na região Centro-Sul, com preço médio de R$ 46,86/m². Além disso, o bairro foi o que apresentou a variação mais elevada entre os dez mais caros, com alta de 14,5% nos últimos 12 meses.
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Outros três bairros registraram valores acima da média da capital mineira. São eles: Santo Agostinho (R$ 39,15/m²); Funcionários (R$ 36,95/m²) e Lourdes (33,07/m²), todos da região Centro-Sul da Capital.
- Leia também: Aluguel comercial de BH sobe acima da média nacional
Veja os 10 bairros com aluguel comercial mais caro de BH
- Savassi – R$ 46,86/m²;
- Santo Agostinho – R$ 39,15/m²;
- Funcionários – R$ 36,95/m²;
- Lourdes – 33,07/m²;
- Prado – R$ 32,45/m²;
- Santo Antônio – R$ 29,85/m²;
- Santa Efigênia – R$ 29,00/m²;
- Serra – R$ 28,55/m²;
- Barro Preto – R$ 26,09/m²;
- Centro – R$ 20,00/m².
A economista do DataZAP Paula Reis destaca que a recuperação do mercado de trabalho, que elevou o número de ocupados e reduziu a taxa de desemprego, estimulou o consumo e a abertura de novos negócios em Belo Horizonte. Outro fator mencionado por ela foi a recomposição dos aluguéis comerciais, que começou a ganhar força no início do ano passado, após um longo período abaixo da inflação.
“A melhora na rentabilidade do aluguel comercial, ainda que modesta, também tem atraído investidores para o mercado imobiliário da cidade”, completa.
Valor de venda dos imóveis comerciais em Belo Horizonte

O Índice FipeZap também aponta que o valor médio de venda deste tipo de imóvel em Belo Horizonte subiu 0,77% frente a fevereiro deste ano, fechando o último mês a R$ 6.260/m². Esse preço é o segundo mais baixo da pesquisa, superando apenas o valor praticado em Salvador (R$ 5.238/m²).
Com esse resultado, o indicador da Capital acumula alta de 1,08% nos três primeiros meses de 2025. No entanto, os valores praticados em Belo Horizonte apresentaram queda de 1,5% nos últimos 12 meses.
Os bairros Prado, na região Oeste de BH, e Santo Agostinho, na região Centro-Sul, registraram os preços de venda mais elevados da Capital, com médias de R$ 8.461/m² e R$ 8.285/m², respectivamente. Por outro lado, ambos apresentaram queda no acumulado dos últimos 12 meses, com recuo de 11,8% no Prado e de 5% no bairro Santo Agostinho.
Os 10 bairros com os imóveis comerciais mais caros para venda em BH:
- Prado – R$ 8.461/m²;
- Santo Agostinho – R$ 8.285/m²;
- Savassi – R$ 7.745/m²;
- Serra – R$ 7.509/m²;
- Funcionários – R$ 7.407/m²;
- Lourdes – R$ 7.124/m²;
- Barro Preto – R$ 7.509/m²;
- Santa Efigênia – R$ 6.102/m²;
- Santo Antônio – R$ 6.004/m²;
- Centro – R$ 2.984/m².
Paula Reis avalia que a capital mineira tem apresentado uma recuperação gradual, especialmente no mercado de locação comercial. Além disso, ela aponta que apesar de o preço do metro quadrado para venda estar em queda desde 2017, essa tendência tem perdido força desde o início de 2023. “O que pode estar associado ao aquecimento do mercado de locação, que contribuiu para elevar a rentabilidade do aluguel e atrair investidores”, pondera.
Para a economista, a tendência em Belo Horizonte é de manutenção do crescimento no curto prazo, especialmente no mercado de locação. “A continuidade da melhora no mercado de trabalho e a demanda crescente por espaços comerciais devem seguir impulsionando os preços”, acrescenta.
No entanto, ela também alerta para os efeitos da alta da taxa de juros, que pode limitar o avanço no mercado de venda, ao encarecer o crédito e conter novos investimentos na capital mineira.
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