Economia

Aluguel dos imóveis comerciais em Belo Horizonte sobe 0,66% em abril

Índice FipeZap apurou alta nos valores da locação de 1,66% no acumulado do ano e de 8,08% em 12 meses; preço médio de venda subiu 0,47% em relação a março
Aluguel dos imóveis comerciais em Belo Horizonte sobe 0,66% em abril
Foto: Alessandro Carvalho / Arquivo / Diário do Comércio

O valor médio cobrado no aluguel dos imóveis comerciais em Belo Horizonte subiu 0,66% em abril frente a março, fechando a R$ 32,87 por metro quadrado (m²). A última edição do Índice FipeZap de Venda e Locação Comercial aponta que o indicador da capital mineira também subiu 1,66% no acumulado do ano e 8,08% nos últimos 12 meses.

O preço praticado na Capital é o mais baixo entre as dez cidades analisadas pelo levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em anúncios veiculados nos portais Zap Imóveis e Viva Real.

O estudo ainda aponta que Belo Horizonte também segue com a segunda menor taxa de lucratividade de um imóvel comercial ao longo do tempo (rental yield), com uma variação positiva de 0,52% ao mês (a.m.) e de 6,27% ao ano (a.a.). A capital mineira só supera a cidade de Curitiba (5,77% a.a.) no ranking nacional.

A economista do DataZAP, Paula Reis, explica que a capital mineira tem apresentado uma recuperação gradual, principalmente, no mercado de locação comercial, que, segundo ela, vem ganhando fôlego nos últimos anos. “A demanda por imóveis para aluguel cresceu, impulsionando a rentabilidade das locações e atraindo o interesse de investidores”, completa.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Dentre as zonas, distritos e bairros analisados na pesquisa, a Savassi, na região Centro-Sul, foi a que registrou o preço médio mais elevado na Capital, com R$ 47,63/m². O bairro também apresentou a maior alta entre os dez mais caros da cidade, com uma variação positiva de 16,5% no acumulado dos últimos 12 meses.

Paula Reis destaca que a localização do bairro Savassi é muito privilegiada, com fácil acesso ao centro, boa infraestrutura e oferta de entretenimento noturno, com bares e restaurantes variados. “Por esse motivo, os dados do Grupo OLX mostram que o bairro é um dos mais buscados na capital mineira, tanto para venda como para locação residencial”, explica.

Ela também indica que, segundo dados da Geofusion, a população residente na região possui alta renda e o bairro recebe um alto fluxo de trabalhadores formais e informais durante o dia. “Estes são fatores que tornam a Savassi um ótimo local para se ter um comércio”, afirma.

Os outros destaques de Belo Horizonte no estudo foram os bairros Santo Agostinho e Funcionários, também na região Centro-Sul da capital mineira, com R$ 39,63/m² e R$ 38,12/m², respectivamente.

Os dez bairros com os alugueis comerciais mais caros de Belo Horizonte:

  • Savassi (R$ 47,63/m²);
  • Santo Agostinho (R$ 39,63/m²);
  • Funcionários (R$ 38,12/m²);
  • Prado (R$ 33,36/m²);
  • Lourdes (R$ 33,26/m²);
  • Serra (R$ 29,43/m²);
  • Santo Antônio (R$ 29,15/m²);
  • Santa Efigênia (R$ 28,85/m²);
  • Barro Preto (R$ 26,32/m²);
  • Centro (R$ 20,00/m²).

Alta no preço de venda dos imóveis comerciais em Belo Horizonte

placas de venda de imóveis em belo horizonte
Foto: Diário do Comércio / Mara Bianchetti

De acordo com o Índice FipeZap de Venda e Locação Comercial, o preço médio de venda desse tipo de imóvel em Belo Horizonte fechou o mês de abril a R$ 6.290/m². Esse valor é 0,47% acima do registrado em março.

O indicador registra alta de 1,55% no acumulado de 2025, mas apresenta queda de 0,65% nos últimos 12 meses. O preço praticado na Capital segue como o segundo mais baixo no levantamento, à frente apenas do apurado em Salvador (R$ 5.220/m²).

A economista do DataZAP avalia que o mercado de venda de imóveis comerciais na capital mineira tem perdido força desde o início de 2023, mesmo com a queda do preço médio do m², que segue desde 2017.

Quanto à queda no acumulado dos últimos 12 meses, Paula Reis explica que essa retração pode ser atribuída a fatores macroeconômicos, especialmente à alta da taxa Selic. “O aumento dos juros encarece o crédito imobiliário, tornando a compra de imóveis comerciais menos atrativa tanto para investidores quanto para empresas que consideram adquirir seus próprios espaços”, relata.

O resultado, segundo ela, é a maior preferência pela locação, que representa menor comprometimento financeiro e oferece mais flexibilidade operacional, fatores que pressionam os preços de venda para baixo.

Os bairros Prado, na região Oeste, e Santo Agostinho, na Centro-Sul, são os únicos de Belo Horizonte a superar a barreira dos R$ 8 mil/m², com valor médio de R$ 8.739/m² e R$ 8.220/m², respectivamente.

Os dez bairros com os imóveis comerciais mais caros de Belo Horizonte:

  • Prado (R$ 8.739/m²);
  • Santo Agostinho (R$ 8.220/m²);
  • Savassi (R$ 7.798/m²);
  • Serra (R$ 7.566/m²);
  • Funcionários (R$ 7.411/m²);
  • Lourdes (R$ 7.113/m²);
  • Barro Preto (R$ 6.860/m²);
  • Santo Antônio (R$ 6.152/m²);
  • Santa Efigênia (R$ 6.118/m²);
  • Centro (R$ 2.964/m²).

Locação e venda de imóveis comerciais no Brasil

O preço médio do aluguel entre as cidades analisadas pelo Índice FipeZap de Venda e Locação Comercial em abril foi de R$ 47,01/m². Esse valor é 1,08% acima do registrado em março deste ano. Dessa forma, o indicador já acumula alta de 3,12% em 2025 e de 7,83% nos últimos 12 meses. Já o rental yield nacional fechou a 6,84% a.a..

Em abril, o valor médio praticado no mercado de venda de imóveis comerciais ficou em R$ 8.516/m², o que representa um avanço de 0,23% frente ao mês anterior. O índice também registrou variações positivas no acumulado do ano (1,19%) e dos últimos 12 meses (1,34%).

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas