Aluguel residencial fica mais caro em Belo Horizonte

O preço médio dos contratos de aluguel de imóveis residenciais subiu 1,92% em Belo Horizonte em novembro na comparação com o mês anterior e fechou em R$ 36,36 por metro quadrado (m²). As informações são do Índice FipeZAP de Locação Residencial, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), baseado em anúncios veiculados nos portais ZAP (VivaReal e Zap Imóveis).
De acordo com o levantamento, o preço dos aluguéis residenciais está abaixo da média ponderada das 25 cidades analisadas, que foi de R$ 42,12/m². No entanto, o avanço observado na capital mineira em novembro deste ano supera a média nacional (0,85%). O município também apresentou resultados acima do restante do País no acumulado de 2023 (15,81% contra 15,02%) e dos últimos 12 meses (17,08% contra 16,03%).
O indicador ainda revelou que a taxa de lucratividade de um imóvel em Belo Horizonte, medida pelo rental yield, encerrou o último mês a 0,41% ao mês e 4,95% ao ano.
Dentre as zonas, distritos e bairros da Capital, o mais representativo no índice foi Lourdes, com aluguel custando, em média, R$ 50/m². Em seguida aparecem Savassi (R$ 49,70/m²), Belvedere (R$ 48,80/m²), Funcionários (R$ 48,50/m²) e R$ Santo Agostinho (R$ 46,50/m²).
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Preço dos aluguéis em Belo Horizonte apresenta forte valorização
A nova edição do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb revelou que Belo Horizonte já acumula uma variação positiva de 21,6% entre os meses de janeiro e novembro frente ao mesmo período de 2022.
Esse aumento foi o mais elevado entre as capitais analisadas. A Capital também apresenta as maiores variações no acumulado dos últimos 12 meses (22,22%) e na comparação com o mês de outubro, com alta de 2,16%.
O especialista em dados do Grupo QuintoAndar, Pedro Capetti, afirma que o mercado imobiliário vem apresentando sinais de desaceleração em todo País, mas ainda segue registrando oscilações positivas no fim do ano. “Em Belo Horizonte, não é diferente. Isso pode indicar um mercado bastante aquecido no começo de 2024”, completa.
Apesar dessas elevações, a capital mineira possui o segundo metro quadrado mais barato no estudo realizado pelas plataformas QuintoAndar e Imovelweb. O valor dos aluguéis em Belo Horizonte fechou novembro custando R$ 33,38/m², ficando acima apenas do observado em Porto Alegre (R$ 31,83/m²).
Na divisão por bairros, Lourdes e Savassi ocupam o topo da lista dos mais caros da cidade, com R$ 55,20/m² e R$ 54,60/m², respectivamente. No entanto, considerando os últimos 12 meses, a região que mais se valorizou foi Barro Preto, com aumento de 74,2%. Em seguida aparecem Santa Efigênia (64,2%), Manacás (57,5%). Este último foi o principal destaque nos últimos três meses, com alta de 35,4%.
Por outro lado, o Carlos Prates foi o bairro que mais se desvalorizou no período, com uma redução do preço médio de 15,8%, seguido pelo Estoril, com queda de 5,8%. O Carlos Prates também foi o que mais desvalorizou nos últimos três meses, com redução de 15%.
Vale ressaltar que mais de um terço dos bairros de Belo Horizonte registraram queda no preço médio do metro quadrado nos últimos três meses. Ao todo, 14 dos 38 locais monitorados na cidade apresentaram desvalorização.
“A alta constante já não é uma realidade para muitos desses bairros. No curto prazo, boa parte dessas localidades têm observado uma retração nos preços, o que pode representar um alívio para o consumidor na hora de procurar um imóvel”, aponta o especialista.
O Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb ainda revelou que os consumidores ainda encontram espaço para negociar os contratos de aluguel residencial. Conforme mostra o levantamento, o desconto médio das transações feitas em novembro foi de 3,3% – 0,1 ponto percentual (p.p.) maior que o registrado no mês anterior.
“Vale a pena barganhar. Para o inquilino, é uma forma de conseguir adequar o valor ao bolso neste momento tão complicado. Para o proprietário, é uma oportunidade de não deixar o apartamento parado, tendo de arcar com custos como o condomínio”, conclui.
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