Aluguel residencial em Belo Horizonte sobe 0,83% em julho; veja ranking dos bairros mais caros

O preço médio do aluguel dos imóveis residenciais em Belo Horizonte fechou o mês de julho a R$ 47,24 por metro quadrado (m²), o que representa um crescimento de 0,83% na comparação com junho. O Índice FipeZap de Locação Residencial da capital mineira acumula alta de 9,49% em 2025 e variação positiva de 13,29% nos últimos 12 meses.
De acordo com a pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), feita com base em anúncios veiculados nos portais Zap Imóveis, Viva Real e OLX, mesmo com a alta o valor médio cobrado na Capital está abaixo da média das 36 cidades analisadas, que encerrou o último mês com R$ 49,46/m².
A variação registrada em Belo Horizonte também supera a média do indicador nacional, que subiu 0,45% na comparação com junho deste ano. O Índice FipeZap de Locação Residencial ainda acumulou uma variação positiva de 6,13% nos sete primeiros meses de 2025 e alta de 10,28% nos últimos 12 meses em todo o Brasil.
Porém, o cenário recente na cidade é de desaceleração no ritmo de crescimento, com o Índice passando de um avanço de 1,06%, em junho, para os atuais 0,86% no mês passado. No entanto, a economista do Grupo OLX, Paula Reis, pontua que para ter uma visão do comportamento dos preços de locação livres de sazonalidades, é necessário observar as taxas acumuladas em 12 meses.
“Apesar das oscilações, Belo Horizonte tem acompanhado a tendência de desaceleração do reajuste do aluguel notada na média das cidades acompanhadas, que indica o esgotamento da recuperação do valor real do aluguel”, explica.
Para a especialista, essa tendência de desaceleração deve permanecer no decorrer dos próximos meses. Ela afirma que a expectativa é de que as taxas de variação do Índice FipeZAP de Locação Residencial acumuladas em 12 meses continuem diminuindo futuramente.
“A expectativa é que o mercado de locação em Belo Horizonte permaneça relativamente aquecido até o fim de 2025. O aluguel deve continuar valorizando acima da inflação, porém com taxas decrescentes”, diz.
O levantamento mostra que o aumento de preço no mercado belo-horizontino está acima do observado nos principais indicadores de inflação do País. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), frequentemente utilizado como base para os reajustes de aluguéis e outras tarifas, registrou queda de 0,77% frente ao mês anterior e variação negativa de 1,7% no acumulado do ano. No entanto, o indicador teve alta de 2,96% nos últimos 12 meses.
Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,26% na comparação com junho deste ano. O indicador também teve alta no acumulado do ano (3,26%) e na variação anual (5,23%).
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Segundo Paula Reis, a magnitude do reajuste é explicada pelo dinamismo do mercado de trabalho. O desemprego nacional continua caindo e, no segundo trimestre, atingiu nova mínima histórica de 5,8% no Brasil. Ela lembra que as taxas de Belo Horizonte costumam, no passado recente, ser menores do que as do País.
“Os dados da Pnad Contínua do IBGE mostram que, até o fim do primeiro trimestre, a capital mineira experimentou aumento da força de trabalho e da ocupação, indicando aumento na massa real de rendimentos. Mais renda garante que os locatários consigam absorver os reajustes pedidos pelos proprietários de imóveis”, explica.

O estudo ainda demonstra que a taxa de rentabilidade do aluguel residencial na Capital ao longo do tempo (rental yield), calculada pela razão entre o valor de locação e o preço de venda dos imóveis, fechou o mês de julho com variação positiva de 0,43% ao mês (a.m.) e de 5,12% ao ano (a.a.). Essa taxa anual ficou abaixo da média da pesquisa (5,93% a.a.), sendo a quarta mais baixa entre as cidades analisadas.
Os bairros Savassi e Santo Agostinho, ambos da região Centro-Sul da capital mineira, registraram os aluguéis mais caros de Belo Horizonte, com preço médio de R$ 67,50/m² e R$ 67,40/m², respectivamente. Logo em seguida aparece o Belvedere, também da região Centro-Sul, com R$ 63,80/m².
Veja os 10 bairros com os aluguéis residenciais mais caros de BH:
- Savassi – R$ 67,50/m²;
- Santo Agostinho – R$ 67,40/m²;
- Belvedere – R$ 63,80/m²;
- Lourdes – R$ 59,00/m²;
- Funcionários – R$ 54,00/m²;
- Buritis – R$ 49,10/m²;
- Serra – R$ 48,90/m²;
- Sion – R$ 42,60/m²;
- Santa Lúcia – R$ 41,70/m²;
- Santo Antônio – R$ 38,30/m².
Entre os dez bairros com os alugueis residenciais mais elevados da Capital, sete registraram variações acima de 10% nos últimos 12 meses, com destaque para Serra, na região Centro-Sul, que fechou com crescimento de 32,7% no período. Os outros destaques são: Savassi (15,6%), Santo Antônio (15,5%), Sion (15%) e Belvedere (14,6%).
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