Economia

Aluguel residencial sobe 0,82% em outubro em Belo Horizonte

A variação dos preços dos aluguéis em Belo Horizonte nos últimos 12 meses chegou a 16,22%.
Aluguel residencial sobe 0,82% em outubro em Belo Horizonte
Crédito: Diário do Comércio / Mara Bianchetti

O preço do aluguel residencial em Belo Horizonte registrou alta de 0,82% em outubro frente a setembro. O índice apurado na locação de imóveis residenciais da Capital foi superior à elevação média nacional, que foi da ordem de 0,46%. Ainda assim, o reajuste no valor do aluguel em outubro é inferior ao apurado no mês de setembro, quando chegou a 1,14%.

Os dados são do Índice FipeZAP de Locação Residencial que mostra ainda que, apenas nos dez primeiros meses de 2024, a variação acumulada em Belo Horizonte já chega a 12,77%, enquanto no País, a alta apurada no mesmo período foi de 11,41%, acima do IPCA/IBGE (+4,20%) e do IGP-M/FGV (+3,88%).

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a variação dos preços dos aluguéis em Belo Horizonte nos últimos 12 meses chegou a 16,22% enquanto o aluguel residencial no País acumulou valorização de 13,48%. Segundo a economista do DataZAP, Paula Reis, a expectativa não é de mudança nesse cenário de estabilidade nos próximos meses.

Apesar de Belo Horizonte ter crescido acima da média das cidades acompanhadas nos últimos cinco meses, a capital mineira segue a tendência de desaceleração do reajuste dos aluguéis verificada para a média do FipeZAP. Isto se deve ao fato de que boa parte da recuperação do valor real do aluguel já ocorreu e, com o controle da inflação, o espaço para repasses ficou menor. Sendo assim, o movimento de desaceleração dos preços deve se manter até o fim deste ano”, explica.

Na Capital, o preço médio do metro quadrado em outubro foi de R$ 41,30. Com base em dados de anúncios de apartamentos prontos nas 36 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP de Locação Residencial, o preço médio do aluguel foi de R$ 47,05/m² no mesmo período.

Os maiores valores no País foram observados no aluguel de imóveis com um dormitório (R$ 61,99/m²) e os menores, entre unidades com três dormitórios (R$ 40,98/m²).

Veja os bairros com maiores preços médios e variações por metro quadrado em Belo Horizonte

  1. Santo Agostinho                     R$ 62,7 /m²                            +36,5%
  2. Savassi                                    R$ 58,7 /m²                             +21,2%
  3. Belvedere                                R$ 55,9 /m²                            +15,8%
  4. Lourdes                                   R$ 54,2 /m²                             +9,4%
  5. Funcionários                           R$ 50,7 /m²                           +10,1%
  6. Buritis                                     R$ 45,8 /m²                             +14,0%
  7. Gutierrez                                 R$ 41,7 /m²                             +20,6%
  8. Sion                                         R$ 41,0 /m²                             +26,4%
  9. Serra                                        R$ 37,0 /m²                             +4,7%
  10. Santo Antônio                         R$ 35,2 /m²                            +17,4%

Na variação do aluguel residencial de outubro, frente a outras capitais, Belo Horizonte figurou na terceira posição, ficando atrás apenas de Salvador e Porto Alegre.

Veja as variações no preço do aluguel residencial para o mês nas diferentes capitais

  1. Salvador                                              +2,63%
  2. Porto Alegre                                        +1,32%
  3. Belo Horizonte                                  +0,82%
  4. Fortaleza                                             +0,62%
  5. São Paulo                                            +0,50%
  6. Recife                                                 +0,49%
  7. Curitiba                                               +0,47%
  8. Florianópolis                                       +0,29%
  9. Rio de Janeiro                                     +0,14%
  10. Goiânia                                               +0,08%

Segundo a economista, o movimento visto em outubro segue em linha com o observado desde o segundo trimestre de 2023, que é de aumento de preços, mas com menor intensidade, o que indica a desaceleração nos reajustes dos aluguéis.

“Isso acontece porque os proprietários dos imóveis que seguraram os reajustes no período de pandemia, já recompuseram boa parte desses valores ao longo de 2022 e início de 2023”, avalia Paula Reis.

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