AMM elege presidente para triênio 2022-2025

Pela primeira vez na história, um gestor do Leste de Minas Gerais presidirá a Associação Mineira de Municípios (AMM). O prefeito de Coronel Fabriciano (Vale do Aço), Marcos Vinícius da Silva Bizarro (PSDB), foi eleito para o triênio 2022-2025 e promete trabalhar em prol dos anseios das 853 cidades de Minas Gerais. A execução dos orçamentos das prefeituras é uma das frentes em que o dirigente pretende atuar em vistas de melhorar e ampliar a gestão dos municípios.
“Não interessa quanto se ganha, mas como se gasta”, argumenta. Para isso, ele pretende implantar projetos de qualificação para os gestores públicos e garantir a criação do Núcleo de Apoio Jurídico (Nudep) com o objetivo de evitar abusos cometidos por outros entes federados. “Vamos estabelecer um bom diálogo com órgãos fiscalizadores e governos, mas isso não quer dizer que aceitaremos os desmandos”, completa.
Outra meta é fortalecer os consórcios públicos de Minas Gerais, por entender que os municípios consorciados trazem um serviço de maior qualidade para os munícipes com custo baixo. E também criar um consórcio público intermunicipal para compras conjuntas de medicamentos e tecnologia – visando otimizar a alocação dos recursos públicos.
“Quando cheguei à prefeitura de Coronel Fabriciano, eu tinha uma receita de R$ 167 milhões. Encerrei o ano passado com R$ 360 milhões, ou seja, dobrei o orçamento sem aumentar nenhum tipo de imposto. É esse modelo de gestão que quero levar para os municípios”, afirma.
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É também sob essa ótica que o gestor diz enxergar a possibilidade de um novo pacto federativo. “Revisar o pacto seria bom para todo mundo, mas não vamos ficar esperando e dependendo disso. Vamos trabalhar e fazer nossa parte”, avisa.
Em uma gestão compartilhada com o prefeito de Boa Esperança (Sul de Minas), Hideraldo Henrique (MDB), que assumirá o cargo na segunda metade do mandato, Marcos Vinícius pretende dar sequência ao trabalho efetuado por Julvan Lacerda – prefeito de Moema, no Centro-Oeste -, que presidiu a entidade entre 2017 e 2022. Marcos Vinícius define isso, inclusive, como seu principal desafio à frente da associação.
Outros pontos que podem atribular o trabalho que pretende ser feito diz respeito aos repasses estaduais aos municípios por parte do governo estadual e a possibilidade de privatização de empresas como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).
O primeiro, segundo ele, em virtude das eleições para governador; o segundo, pelos riscos que uma administração privada impõe sobre o fornecimento de serviços básicos como água, luz e esgoto. “O governador Romeu Zema conseguiu equacionar as dívidas, colocou muita coisa em dia. Mas estamos em ano eleitoral e tudo pode mudar. Vamos elaborar uma pauta para todos os canforados e repassar nossos pleitos e inquietações”, adianta.
A posse da nova diretoria ocorrerá durante a 37ª edição do Congresso Mineiro de Municípios, prevista para junho, no Expominas, na região Oeste da Capital. Os gestores de Patos de Minas (Alto Paranaíba), Luís Eduardo Falcão (Podemos); de Itamarandiba (Jequitinhonha/Mucuri), Luiz Fernando Alves (Avante); e de Carmo do Cajuru (Centro-Oeste), Edson Vilela (PSB), complementam o quadro de vice-presidentes da nova gestão.
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