Economia

Analistas reduzem as projeções para a inflação

Analistas reduzem as projeções para a inflação
Especialistas consultados pelo Banco Central mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros neste ano em 6,5% - Foto: Beto Nociti

São Paulo – Após a divulgação dos dados mais recentes de inflação, os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2018. O Relatório de Mercado Focus divulgado ontem pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 4,4% para elevação de 4,23%. A projeção para o índice em 2019 foi de 4,22% para 4,21%. Quatro semanas atrás, também estava em 4,21%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4%. No caso de 2021, a expectativa foi de 3,97% para 3,95%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4% e 3,92%, nesta ordem.

A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (índice de 3% a 6%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

Na quarta-feira passada, 7, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de outubro subiu 0,45% após 0,48% em setembro. No ano até outubro, o índice acumula alta de 3,81% e, em 12 meses, de 4,56%.

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No fim de outubro, ao manter a Selic (a taxa básica de juros) em 6,5% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado, que utiliza o câmbio e os juros projetados no Focus como referência, a expectativa para o IPCA em 2018 é de 4,4%. Para 2019, a projeção é de 4,2% e, para 2020, de 3,7%.

No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 passou de 4,28% para 4,08%. Para 2019, a estimativa do Top 5 foi de 3,82% para 4,25%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,50% e 4,23%, respectivamente.

No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 foi de 3,88% para 3,75%, ante 3,88% de quatro semanas atrás.

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para a inflação em novembro de 2018, de 0,20% para 0,15%. Um mês antes, o percentual projetado estava em 0,30%.
Para dezembro, a projeção foi de 0,29% para 0,26% e, para janeiro, de 0,46% para 0,45%. Há um mês, os porcentuais eram de 0,35% e 0,45%, respectivamente.

No Focus desta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,91% para 3,80% de uma semana para outra – há um mês, estava em 4,03%.

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Preços administrados – O Focus indicou, ainda, alteração na projeção para os preços administrados em 2018. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano passou de alta de 7,55% para elevação de 7,48%. Para 2019, a mediana seguiu com elevação de 4,80%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 7,84% para os preços administrados neste ano e elevação de 4,80% no próximo ano.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 7,7% em 2018 e 5,4% em 2019. Estes porcentuais foram informados no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de setembro.

Selic – Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic para o fim de 2018 e de 2019. O Relatório de Mercado Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic em 2019 permaneceu em 8% ao ano, igual ao verificado há quatro semanas.

No caso de 2020, a projeção para a Selic seguiu em 8,00% e, para 2021, permaneceu também em 8,00%. Há um mês, os porcentuais projetados eram de 8,38% para 2020 e 8,00% para 2021. (AE)

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